As acções de reconhecimento são levadas a cabo principalmente por unidades especializadas.
O batalhão de reconhecimento da divisão tem capacidade para reconhecer até 6 eixos. Operando 40 a 60 km à frente, as três companhias equipadas com SCORPIONS podem reconhecer 2 a 3 eixos.
O batalhão pode levar a cabo acções de reconhecimento profundas através do seu radar de aquisição e de travar um combate de dimensão limitada com a sua companhia de apoio táctico constituída por uma secção equipada com 4 morteiros 2S12 (120mm) e por uma secção anti-carros sobre BRDM-2 AT-5.
O batalhão de reconhecimento da divisão pode preceder as unidades da frente da divisão de quatro a seis horas.
É possível a presença de equipas de reconhecimento motociclistas (parelhas de 2 homens na mesma moto equipados com um RPG-7).
Actuando 20 a 40 km à frente, a secção de reconhecimento dos batalhões das brigadas blindada e mecanizada reconhece 2 eixos em simultâneo. Com as suas unidades de reconhecimento dos seus batalhões (duas secções de reconhecimento que se deslocam em BMP 1/2 e uma secção de reconhecimento que se desloca em BRM 3 RKH M), a brigada blindada dispõe, na acção ofensiva, de uma capacidade de antecipação que varia entre duas a três horas, assim como a brigada mecanizada (compreende três secções que se deslocam em BRM 3 RKH M) e a brigada motorizada (quatro secções de reconhecimento).
As acções de reconhecimento das Forças Armadas da GLAISE visam:
- Determinar a posição, a natureza, o volume e a intenção do inimigo;
- Confirmar as informações das forças especiais infiltradas no terreno;
- Localizar os PC e as baterias da artilharia.
As unidades de reconhecimento da divisão podem igualmente receber missões de guarda de flanco em apoio a um dispositivo defensivo ou a um ataque.
Em apoio à secção de reconhecimento do batalhão:
- Uma secção de carros de combate T 62, M60 A5 (batalhão blindado) ou uma secção BMP (batalhão mecanizado). Organizada em patrulhas mistas, a secção trata do reconhecimento de um eixo principal e de dois eixos secundários;
- Em apoio ao batalhão de reconhecimento da divisão, o batalhão pode operar em ligação com um esquadrão de reconhecimento da divisão da ALFT. Pode ser reforçado por patrulhas de engenharia de reconhecimento da divisão e por uma secção de reconhecimento óptico e de meios de radar suplementares para a contra-bateria e a localização de PC;
- Um grupo de 5 SA 7 ou 14 (capacidade de observação de artilharia e radares de aquisição);
- Uma patrulha de reconhecimento da engenharia da brigada.
Para iludir o adversário e assim criar um efeito surpresa, as Forças Terrestres das Forças Armadas regulares recorrem aos mais variados procedimentos e técnicas de decepção.
Têm, em qualquer escalão, os meios necessários para a dissimulação e para a simulação das unidades ou dos efeitos esperados; estão treinadas para a sua utilização.
De modo a dissimular as suas unidades contra os meios de reconhecimento e de procura do inimigo, as Forças Terrestres recorrem a todos os meios possíveis para se camuflar.
A optimização do terreno – planícies e montanhas, zonas pantanosas, aldeias – para a implementação dos CP, das unidades de apoio é muito frequente.
A utilização de redes de camuflagem, especialmente em acções defensivas, é o procedimento utilizado mais recorrentemente pelas unidades estacionadas por um período de tempo limitado e pelas unidades de artilharia terra-terra rebocáveis assim que são colocadas na bateria.
As Forças Terrestres da GLAISE podem utilizar três diferentes tipos de simulação para enganar o adversário:
- A simulação de unidades estáticas no terreno: a utilização de artifícios. Cada batalhão dispõe, por exemplo, de artifícios insufláveis que simulam o volume de uma companhia. Estes artifícios devem estar equipados com resistências de calor que produzam uma assinatura térmica;
- Se houver tempo para tal, as unidades de engenharia também tomam parte nestes processos de simulação, instalando posições falsas e simulando a colocação de minas;
- A simulação de efeitos aguardados pelo adversário para que os pilotos das aeronaves fiquem com a impressão que os alvos foram destruídos.
Nas acções ofensivas, a articulação das unidades é feita de acordo com a missão e com a natureza do adversário:
- Troca de brigadas de combate entre divisões;
- Destacamento de batalhões de apoio de combate para apoio às divisões;
- Dentro da Divisão reforço das brigadas de infantaria mecanizada com unidades blindadas;
- Reforço dos batalhões de infantaria com companhias de carros de combate;
- Reforço de batalhões de carros de combate com companhias de infantaria.
A doutrina prevê igualmente, a partir do nível do batalhão, a constituição de uma reserva com base nos meios disponíveis. O batalhão é unidade básica de execução e de manobra. A acção ofensiva é precedida por:
- Acções das forças especiais;
- Acções de guerra electrónica;
- Reconhecimentos terrestres e aéreos;
- Uma preparação de artilharia maciça;
- Acções terra-ar.
O assalto pode ter lugar à noite ou com más condições climatéricas, e pode ser lançado num terreno acidentado ou pouco favorável aos blindados.
Num terreno favorável aos blindados, as unidades de carros de combate aparecem à frente e adoptam uma formação bastante compacta (com unidades de infantaria mecanizada em apoio imediato), com as unidades de infantaria motorizada num segundo nível.
Num terreno desfavorável aos blindados, as unidades de infantaria encontram-se à frente, por vezes reforçadas por elementos de engenharia de assalto. Os carros de combate e os veículos mecanizados (os grupos por vezes a pé) avançam num segundo nível, quando o terreno permite (o segundo nível assegura o apoio de fogo imediato às unidades de infantaria que se encontram à frente).
O contra-ataque parece ser a modalidade de acção utilizada com mais frequência. As tropas deixam avançar o inimigo até uma área preparada (minas, forças especiais, dissimulação, etc.), contra-atacando apoiadas numa barragem de artilharia, voltam a ganhar o terreno cedido e, de seguida, organizam uma nova linha de defesa, atrás da qual reorganizam o seu dispositivo.
As Forças Armadas da GLAISE, que foram criadas, equipadas e treinadas para enfrentar a guerra convencional, não elaboraram uma doutrina específica para combate em áreas edificadas no âmbito de uma acção ofensiva. Nas cidades, reproduzem as modalidades de acção das unidades tal como são utilizadas em campanha, adaptando as regras de empenhamento (frente e profundidade) às áreas edificadas sem, no entanto, modificar os dispositivos.
Porém, em caso de combate de contra-sublevação, as Forças Armadas da GLAISE inspirar-se-ão em métodos utilizados e testados no passado:
- Reconhecimento efectuado a pé por pequenas unidades, distrito por distrito;
- Uso maciço de artilharia de campanha (fogo directo, semi-directo e indirecto) sobre os alvos que foram descobertos e localizados. A artilharia pode igualmente empregar fogo sem ter alvos precisos. Apesar das dificuldades de coordenação, o emprego da artilharia não exclui a intervenção das unidades da ALFT em apoio de fogo;
- “Limpeza” de bolsas de resistência por unidades de infantaria. Todas as unidades (infantaria motorizada ou mecanizada, Defensores da Lei) estão aptas a participar neste tipo de combate.
Nas acções defensivas, a articulação das unidades está adaptada à missão, ao terreno e à natureza do adversário:
- Troca das brigadas de combate entre as divisões;
- Destacamento dos batalhões de apoio de combate divisionários em proveito das brigadas mais expostas;
- Dentro das divisões, reforço das brigadas de infantaria mecanizada com unidades blindadas;
- Reforço dos batalhões de infantaria com companhias de carros de combate;
- Reforço dos batalhões de carros de combate com companhias de infantaria;
- No mínimo, uma bateria de artilharia de campanha divisionária reforça cada brigada de infantaria.
- Constitui-se uma reserva blindada ou mecanizada em cada divisão.
Estes dois últimos movimentos de unidade constituem indícios importantes de preparação a uma operação ofensiva.
A defesa de posição é a modalidade de acção privilegiada. As unidades preparam sistematicamente as suas posições de defesa, nomeadamente através da implementação de linhas defensivas. Estas linhas estão organizadas na profundidade do dispositivo da divisão privilegiando o apoio mútuo entre os pontos de apoio.1
A de fesa de posição focaliza-se na interdição de um possível eixo de progressão e na defesa de um determinado sector.
É frequente a utilização de artifícios e de posições falsas para enganar o adversário ou para o encaminhar para zonas da morte anti-carro.
Quando a defesa de posição é utilizada, o inimigo consegue organizar uma reserva táctica.
A defesa móvel também é possível. É quase sempre completada por contra-ataques pontuais. Nas regiões montanhosas são lançados obstáculos com a finalidade de criar uma sucessão de engarrafamentos nos itinerários, durante os quais as colunas inimigas são flageladas a partir do topo das montanhas.
A barreira anti-carro é constituída por uma mistura densa de RPG-7, canhões sem recuo (recoilless guns) e de posições de fogo de mísseis anti-carro. Todo este armamento é, por vezes, montado em viaturas.
No âmbito das acções defensivas, as Forças Armadas da GLAISE desenvolveram uma reflexão sobre o emprego e sobre a perícia das suas unidades para os combates em zonas urbanas.
Princípios Gerais
Apesar de assegurar a integridade da maioria do vasto território do país, as Forças Armadas da GLAISE privilegiam o empenho nas zonas urbanas. Contudo, o combate urbano não equivale a defender todas as zonas urbanas mas em diferenciar os esforços de acordo com a importância táctica ou operacional das zonas urbanas. O objectivo principal das Forças Armadas da GLAISE consiste em levar a cabo um combate de desgaste na profundidade do território apoiando-se nas zonas urbanas secundárias ou de assegurar a defesa posicional nas cidades com elevado valor político, económico ou militar-industrial.
A População
Quando combatem no seu território, as Forças Armadas da GLAISE procuram manter a superioridade psicológica e moral sobre as suas populações protegendo-as sempre que possível. O uso de civis como escudo humano é visto como algo de inaceitável. Porém, a presença de civis não exclui combates de alta intensidade visto que as unidades da GLAISE apoiam-se sobre todas as infraestruturas civis, privadas ou estatais.
A protecção ou a evacuação das populações depende do tamanho ou da importância da área urbana a ser defendida:
- A população permanece nas zonas urbanas para objectivos secundários (em áreas urbanizadas com menos de 100.000 habitantes) ou quando não há tempo suficiente para a evacuação. Para organizar a defesa dos distritos envolventes, as populações são deslocadas da melhor forma possível e concentradas em direcção dos centros das zonas urbanas, fornecendo assim às tropas a melhor e mais completa visão para organizar o reforço do terreno das áreas urbanas periféricas;
- Para os objectivos principais e quando há tempo suficiente, a população é evacuada para as zonas mais remotas (áreas urbanas com mais de 100.000 habitantes). O controlo do fluxo de refugiados é confiado às unidades de infantaria motorizada ou, em caso de movimentos fora do sector, aos «Defensores da Lei», que têm mais autoridade sobre as populações. Os deslocados utilizam estradas reservadas e obrigatórias, para evitar perturbações no fluxo livre dos eixos logísticos e nas zonas de retaguarda da brigada;
- A população das áreas urbanas com mais de 500.000 habitantes não é evacuada. No centro da zona urbana, são agrupadas apenas as pessoas que vivem nos distritos periféricos próximos dos principais eixos de penetração para que sejam estabelecidos perímetros defensivos.
A divisão blindada é a ferramenta mais poderosa das Forças Terrestres. Na modalidade de acção ofensiva, fica encarregada de explorar as penetrações feitas pelas divisões de infantaria ou de levar a cabo o esforço principal. Dependendo da situação, é reforçada por brigadas blindadas independentes e/ou por brigadas oriundas da divisão pára-comando.
Uma vez o objectivo cumprido, a divisão é rendida por uma divisão de infantaria e reagrupa-se numa zona de reabilitação, aguardando por uma nova missão, geralmente no mesmo sector de operações. Na modalidade de acção defensiva, a divisão blindada posiciona-se numa linha de retaguarda, pronta para contra-atacar ou para segurar os pontos-chave do terreno.
A tabela seguinte descreve as regras de empenhamento da divisão blindada para operações ofensivas e defensivas. Estas regras correspondem a um empenhamento que tenha lugar num terreno aberto e semi-árido. Estas regras podem sofrer alterações, dependendo das condições do terreno e das condições climatéricas ou ainda se tratar de um empenhamento nocturno.
A noção dos limites de tempo é definida pela velocidade de manobra. Assim, um reconhecimento na acção ofensiva a uma velocidade de 15 a 20 km/h, o primeiro escalão encontrar-se-á a 2 horas dos elementos de guarda avançada.
Nas acções ofensivas, há que observar os princípios seguintes:
- Prioridade é dada às informações e ao conhecimento do adversário;
- Os ataques são feitos nos limites dos sectores adversos ou em zonas maioritariamente pouco defendidas;
- Utilização do terreno, das zonas consideradas intransponíveis pelo inimigo e dos meios de progressão mais adequados;
- Procura sistemática do efeito surpresa, manobras de decepção possíveis;
- Concentração de forças importantes no sector de ataque.
Operação ofensiva destinada a neutralizar os elementos de segurança adversa e a especificar o dispositivo sobre o qual asseguram a cobertura de modo a preparar o ataque.
Esta modalidade de acção faz parte da manobra das informações e é uma acção preliminar, executada pela frente ou pelos flancos, tendo em vista de permitir à divisão de lançar, de imediato, o ataque sobre o adversário que é, em geral, móvel mas que pode retirar.
O êxito do reconhecimento em força depende de um certo número de efeitos a obter:
- Fazer progredir a divisão sobre uma profundidade relativamente grande (45 a 60 km), sobre uma frente de aproximadamente trinta quilómetros, de uma maneira rápida e segura;
- Neutralizar os elementos de reconhecimento e de segurança adversos;
- Tomar contacto com as principais forças adversárias;
- Preparar a acção subsequente.
No reconhecimento ofensivo, a brigada que se encontra no esforço beneficia sistematicamente da prioridade artilharia (reforço de meios e de fogos). O apoio de fogo pode ser fornecido pelos agrupamentos de artilharia independentes, complementando assim o poder de fogo da divisão. Os meios orgânicos da divisão possibilitam o tiro em profundidade até aos 12 km da linha de contacto, enquanto os fogos de reforço ou os meios da brigada de artilharia independente permite à divisão executar fogos até 50 km;
É destacada uma companhia de engenharia do batalhão de engenharia reforçada com GSP e MT72 para a brigada no esforço;
O combate radio-electrónico pode contribuir directa ou indirectamente para neutralizar 25% dos meios do adversário. Os batalhões de guerra electrónica poderão tomar parte na recolha de informações tácticas;
Assegura o apoio de fogo aéreo próximo. Efectua golpes de mão de helicóptero na retaguarda do inimigo até 70 quilómetros de profundidade, tendo como alvos preferidos os PC, os armazéns logísticos e os centros de transmissões.
- Unidades da divisão pára-comando
Ficam encarregadas pela tomada dos pontos importantes e pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como das acções de informação na profundidade. Nas acções ofensivas, devem infiltrar-se em pontos importantes de modo a conquistá-los imediatamente antes de uma acção ofensiva para facilitar a passagem de unidades pesadas amigas.
Acção essencial na manobra ofensiva que pretende através da combinação do fogo e do movimento destruir um inimigo determinado ou expulsá-lo das zonas que ocupa, infligindo-lhe as maiores perdas possíveis.
O ataque conduzido ao nível da divisão visa um centro de gravidade que, quando alcançado, resulta de acções vitoriosas sobre objectivos tácticos sucessivos.
O êxito do ataque depende de um certo número de efeitos que devem ser alcançados:
- Adequada preparação da divisão;
- Causar surpresa no adversário;
- Penetração dos dispositivos do adversário;
- A conduta da rotura do dispositivo do adversário.
Durante um ataque frontal, os elementos no esforço dispõem de meios de apoio de artilharia de campanha e de apoio à mobilidade.
A brigada no esforço dispõe de prioridade de apoio da artilharia. A brigada em 1º escalão adjacente ao esforço, pode ser reforçada com meios de artilharia de campanha. Os agrupamentos de artilharia independentes podem fornecer apoio de fogos adicional, completando assim o poder de fogo da divisão. Os meios orgânicos da divisão possibilitam o tiro em profundidade até aos 12 km a partir da linha de contacto, enquanto que os fogos de reforço ou os meios de uma brigada de artilharia independente permite à divisão de lançar ataques até 50 km. O cruzamento da linha de partida é precedido por uma preparação da artilharia sobre: pontos notáveis em áreas específicas do terreno, zonas favoráveis à projecção de forças e os elementos inimigos identificados;
Destacamento de unidades do batalhão de engenharia para duas brigadas em 1º escalão (1 companhia de engenharia equipada com GSP e MT72 em cada área);
O combate radio-electrónico pode contribuir directa ou indirectamente para neutralizar 25% dos meios do adversário;
Assegura o apoio de fogo aéreo próximo. Pode levar a cabo golpes de mão de helicópteros na retaguarda do inimigo até 70 quilómetros de profundidade, tendo como alvos preferidos os PC, os depósitos logísticos e os centros de transmissões.
- Unidades da divisão pára-comando
Ficam encarregadas da tomada dos pontos importantes e pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação na profundidade. Nas acções ofensivas, devem infiltrar-se nos pontos importantes de modo a conquistá-los imediatamente antes de uma acção ofensiva para facilitar a passagem de unidades pesadas amigas.
Manobra ofensiva que tem por objectivo atacar o inimigo pelo flanco.
Rapidez, surpresa, cobertura do dispositivo
As brigadas de 1º escalão são reforçadas com meios de artilharia de campanha. A prioridade na atribuição de reforço de fogos será transferida da brigada responsável pelo ataque frontal (manobra de decepção) para a brigada que envolve aquando do ataque pelo flanco (ataque principal). Os agrupamentos de artilharia independentes podem fornecer apoio de fogos adicional, completando assim o poder de fogo da divisão. Os meios orgânicos da divisão possibilitam o tiro em profundidade até aos 12 km a partir da linha de contacto, enquanto que os fogos de reforço ou os meios de uma brigada de artilharia independente permite à divisão de lançar ataques até 50 km. O cruzamento da linha de partida é precedido por uma preparação da artilharia sobre: pontos notáveis em áreas específicas do terreno, zonas favoráveis à projecção de forças e os elementos inimigos identificados;
Uma companhia de engenharia reforçada com GPS e MT72 do batalhão de engenharia é destacada para a unidade que efectua o ataque de flanco (MoA 1 do inimigo). São destacadas duas unidades de engenharia na MoA 2 do inimigo. Dependendo do tempo disponível, a colocação (MoA2) pode ser realizada através da participação de um destacamento de lançamento de obstáculos (1 elemento da engenharia com GMZ);
O combate rádio-electrónico pode contribuir directa ou indirectamente para neutralizar 25% dos meios do adversário;
Assegura o apoio de fogo aéreo próximo. Pode levar a cabo golpes de mão de helicóptero na retaguarda do inimigo até 70 quilómetros de profundidade, tendo como alvos preferidos os PC, os depósitos logísticos e os centros de transmissões.
- Unidades da divisão pára-comando
Ficam encarregadas pela tomada dos pontos importantes e pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação na profundidade. Nas acções ofensivas, devem infiltrar-se nos pontos importantes de modo a conquistá-los imediatamente antes de uma acção ofensiva para facilitar a passagem de unidades pesadas amigas.
O golpe de mão é uma incursão rápida e profunda no dispositivo inimigo de modo a:
- Conquistar uma zona-chave;
- Destruir objectivos com um elevado significado operacional.
- Acções de reconhecimento preliminares;
- Surpresa e procura de velocidade.
As brigadas responsáveis pelo golpe de mão e pela cobertura são reforçadas com meios. A artilharia orgânica das brigadas em 1º escalão deslocam-se até dez quilómetros da zona-chave, assim que o golpe de mão é desencadeado. Durante este movimento, o apoio de fogos é fornecido pelos meios da divisão e por uma brigada de artilharia independente. Neste contexto, a artilharia de longo alcance desempenha um papel determinante;
Destacamento de uma companhia de engenharia do batalhão de engenharia, reforçada com GPS e MT72, para apoio à brigada que está a efectuar o esforço;
O combate rádio-electrónico pode contribuir directa ou indirectamente para neutralizar 25% dos meios do adversário;
Os meios anti-carro, em ligação com a artilharia de campanha, apoiam a preparação do ataque, o cruzamento da linha de partida e as unidades em primeiro escalão. Assegura o apoio de fogo aéreo próximo. Pode levar a cabo golpes de mão de helicóptero na retaguarda do inimigo até 70 quilómetros de profundidade, tendo como alvos preferidos os PC, os armazéns logísticos e os centros de transmissões;
- Unidades da divisão pára-comando
Ficam encarregues pela tomada dos pontos importantes e pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como, pelas acções de informação na profundidade. Nas acções ofensivas, devem infiltrar-se nos pontos importantes de modo a conquistá-los imediatamente antes de uma acção ofensiva para facilitar a passagem de unidades pesadas amigas.
Na acção defensiva, a articulação das unidades adapta-se à missão, ao terreno e à natureza do adversário. Os princípios essenciais são:
- Troca de brigadas de combate entre divisões;
- Lançamento de campos de minas (minas anti-pessoais e anti-carro) e de obstáculos à frente das posições;
- Defesa na profundidade, usando todas as possibilidades do terreno;
- Execução de uma intensa barragem de fogos anti-carro, composta principalmente por armas anti-carro de curto e de médio alcance;
- Recurso sistemático a acções de flagelação executadas por elementos préposicionados ou outros, tanto no 1º escalão como na profundidade do dispositivo inimigo e durante as fases de retardamento ou de defesa (de posição ou móvel), na retaguarda e nos flancos de um eventual atacante, assim como nas linhas de comunicações e nas unidades de apoio de combate do inimigo.
Forma de manobra de bloqueio destinada a impedir que o inimigo atravesse umalinha ou que conquiste uma determinada área.
Trata-se de fazer parar o inimigo sem ceder terreno e durante um determinado período de tempo, com a finalidade de ganhar tempo, infligir-lhe o maior número de baixas possível e preparar-se para passar à ofensiva.
Utilização máxima do terreno e do tempo de preparação para o empenhamento da divisão.
O reforço de meios é a regra geral em todos os escalões. A disponibilidade de lançadores é máxima (50 a 100%). Os meios de apoio de fogos de longo alcance são posicionados suficientemente afastados da linha de contacto, de modo a ficarem protegidos da contra-bateria. Os fogos planeados são aplicados sobre os pontos altos e sobre as zonas notáveis do terreno (limites, cruzamentos, corredores de penetração, etc.);
Estabelecimento de linhas de defesa, de trincheiras, fossos anti-carro, abrigos e posições para veículos blindados, criação de campos de minas e participação em missões de protecção. A divisão blindada deve receber reforços das unidades de engenharia de forma poder cumprir a missão;
- É constituída uma reserva mecanizada ou blindada em cada divisão;
- São destacados batalhões de apoio divisionários para as brigadas mais vulneráveis;
- Dentro da divisão blindada as brigadas de infantaria mecanizada são reforçadas com unidades blindadas;
- Unidades da divisão pára-comando
São empenhadas na conquista dos pontos importantes e nas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação na profundidade. Nas acções defensivas, lançam operações de flagelação numa zona tampão (buffer-zone) à frente do dispositivo amigo.
Para uma grande unidade táctica, combinar em profundidade, acções de vigilância, de retardamento, de detenção e de contra-ataques blindados, levando o inimigo a abandonar o terreno, de modo a:
- Enfraquecer o inimigo infligindo-lhe baixas e preservando da melhor forma o potencial das forças amigas empenhado;
- Retardar e, com frequência, canalizar a sua progressão;
- Desta forma, ganhar tempo e preparar para retomar a ofensiva através do empenhamento das forças inicialmente em reserva.
A defesa móvel visa trocar terreno por tempo, quando a relação de forças é desfavorável e/ou numa situação táctica difícil.
Pretende-se tornar a progressão do inimigo mais lenta e infligir-lhe perdas até que a iniciativa possa ser retomada.
A manobra da divisão da GLAISE alterna as fases de vigilância, de retardamento, de detenção e de contra-ataque. Pode ser precedida ou seguida de uma recolha de informação. Pode ser necessária uma cobertura conduzida por uma guarda de flanco móvel.
Valorização do terreno.
O reforço de meios é a regra geral em todos os escalões. A disponibilidade de lançadores é máxima (50 a 100%). Os meios de apoio de fogos de longo alcance são posicionados suficientemente afastados da linha de contacto, de modo a ficarem protegidos da contra-bateria. Os fogos planeados são aplicados sobre os pontos altos e sobre as zonas notáveis do terreno (limites, cruzamentos, corredores de penetração, etc.);
Preparar as zonas de empenhamento das unidades encarregadas das acções de contra-ataque;
Estabelecer linhas de defensa, trincheiras, fossos anti-carro, abrigos e posições para veículos blindados, montagem de campos de minas. O batalhão é utilizado prioritariamente em apoio geral.
O combate rádio-electrónico pode contribuir directa ou indirectamente para neutralizar 25% dos meios do adversário.
Na defesa móvel, as acções flagelação são combinadas, podendo inclusive substituir as acções convencionais;
São empenhadas na conquista dos pontos importantes e pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação na profundidade. Lançam operações de flagelação numa zona tampão (bufferzone) à frente do dispositivo amigo.
Podem executar as mesmas missões que as divisões blindadas, mas numa escala mais reduzida. Como nos últimos anos não receberam a maior parte do equipamento blindado moderno, são normalmente utilizadas como reserva estratégica ou num segundo escalão das divisões blindadas.
A tabela seguinte descreve as regras de empenhamento da divisão de infantaria mecanizada durante operações ofensivas e defensivas que, por norma, têm uma dimensão mais pequena que as operações da divisão blindada. Estas regras correspondem a um empenhamento num terreno semi-árido e aberto. Estas regras podem sofrer alterações, dependendo das condições do terreno e das condições climatéricas ou ainda se tratar de um empenhamento nocturno.
A noção dos limites de tempo é definida pela velocidade de manobra. Assim, um reconhecimento na acção ofensiva a uma velocidade de 15 a 20 km/h, o primeiro nível encontrar-se-á a 2 horas dos elementos de guarda avançada.
Acção de combate destinada a neutralizar os elementos de segurança do adversário e a obter informações específicas sobre o dispositivo adversário de modo a preparar o ataque.
Esta modalidade de acção faz parte da manobra das informações e constitui uma acção preliminar, levada a cabo de frente ou pelo flanco, tendo em vista permitir que a divisão ataque de imediato o adversário geralmente móvel mas que pode retirar.
O êxito do reconhecimento em força pressupõe um certo número de efeitos que devem ser obtidos:
- Progressão da divisão sobre uma profundidade relativamente considerável (45 a 60 km), sobre uma frente de trinta quilómetros, num primeiro tempo, de forma rápida e, num segundo tempo, em segurança;
- Neutralização dos elementos de reconhecimento e de segurança do adversário;
- Estabelecimento do contacto com as principais forças do adversário;
- Preparação da acção subsequente.
Durante um reconhecimento em força, a brigada que se encontra no esforço principal beneficia da prioridade artilharia (reforço de meios e de fogos). O apoio de fogos pode ser fornecido por agrupamentos de artilharia independentes, completando o poder de fogo da divisão. Os meios orgânicos da divisão garantem fogos até aos 12 km a partir da linha dos contacto, enquanto que os meios de reforço e os da brigada de artilharia independente permite à divisão de lançar ataques até 50 km.
Uma companhia de engenharia do batalhão de engenharia reforçada com TMM é destacada para junto da brigada que está no esforço;
O combate rádio-electrónico pode contribuir directa ou indirectamente para neutralizar 25% dos meios do adversário; os batalhões de GE podem participar na recolha de informações tácticas;
Assegura o apoio ao fogo aéreo próximo. Pode levar a cabo golpes de mão de helicópteros até 70 km de profundidade, visando em particular os PC, os armazéns logísticos e os centros de transmissões.
- Unidades da divisão pára-comando
Ficam encarregadas pela conquista dos pontos importantes e pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação na profundidade. Nas acções ofensivas, devem infiltrar-se nos pontos importantes de modo a conquistá-los imediatamente antes de uma acção ofensiva para facilitar a passagem de unidades pesadas amigas.
A acção essencial da manobra ofensiva visando, através da combinação do fogo e do movimento, destruir um inimigo determinado ou expulsá-lo das áreas que ocupa, infligindo-lhe o maior número de baixas possível.
O ataque conduzido ao nível da divisão visa um centro de gravidade que, quando alcançado, resulta de acções vitoriosas sobre objectivos tácticos sucessivos.
O êxito do ataque depende de um certo número de efeitos que devem ser alcançados:
- Adequada preparação da divisão;
- Causar surpresa no adversário;
- Penetração dos dispositivos do adversário.
A brigada no esforço beneficia de prioridade da artilharia (reforço em meios e em fogos). As restantes brigadas em 1º escalão, dependente da disponibilidade de meios de artilharia de campanha, podem receber ou não meios adicionais. O apoio de fogos pode ser fornecido pelos agrupamentos de artilharia independentes, completando assim o poder de fogo da divisão.
Os meios orgânicos da divisão garantem fogos até aos 12 km a partir da linha dos contacto, enquanto que os meios de reforço e os da brigada de artilharia independente permite à divisão de lançar ataques até 50 km. O lançamento do ataque é precedido é precedido por uma preparação da artilharia sobre: pontos notáveis em áreas específicas do terreno, zonas favoráveis à projecção de forças e os elementos inimigos identificados;
Destacamento de unidades do batalhão de engenharia para junto das brigadas em 1º escalão (1 companhia de engenharia equipada com TMM para cada sector);
O combate radio-electrónico pode contribuir directa ou indirectamente para neutralizar 25% dos meios do adversário.
Assegura o apoio ao fogo aéreo próximo. Pode levar a cabo golpes de mão de helicóptero até 70 km de profundidade, visando em particular os PC, os depósitos logísticos e os centros de transmissões.
- Unidades da divisão pára-comando
Ficam encarregadas da conquista dos pontos importantes e pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação na profundidade. Nas acções ofensivas, devem infiltrar-se nos pontos importantes de modo a conquistá-los imediatamente antes de uma acção ofensiva para facilitar a passagem de unidades pesadas amigas.
Manobra ofensiva destinada a atacar o inimigo pelo flanco.
Rapidez, surpresa, cobertura do dispositivo.
As brigadas de 1º escalão são reforçadas com meios de artilharia de campanha. A prioridade na atribuição de reforço de fogos será transferida da brigada responsável pelo ataque frontal (manobra de decepção) para a brigada que envolve aquando do ataque pelo flanco (ataque principal). Os agrupamentos de artilharia independentes podem fornecer apoio de fogos adicional, completando assim o poder de fogo da divisão. Os meios orgânicos da divisão possibilitam o tiro em profundidade até aos 12 km a partir da linha de contacto, enquanto que os fogos de reforço ou os meios de uma brigada de artilharia independente permite à divisão de lançar ataques até 50 km. O cruzamento da linha de partida é precedido por uma preparação da artilharia sobre: pontos notáveis em áreas específicas do terreno, zonas favoráveis à projecção de forças e os elementos inimigos identificados;
Uma companhia engenharia reforçada com GPS e MT72 do batalhão de engenharia é destacada para a unidade que efectua o ataque de flanco (MoA 1 do inimigo). São destacadas duas unidades de engenharia na MoA 2 do inimigo. Dependendo do tempo disponível, a colocação (MoA2) pode ser realizada através da participação de um destacamento de lançamento de obstáculos (1 elemento da engenharia com GMZ);
O combate rádio-electrónico pode contribuir directa ou indirectamente para neutralizar 25% dos meios do adversário.
Assegura o apoio de fogo aéreo próximo. Pode levar a cabo golpes de mão de helicóptero na retaguarda do inimigo até 70 quilómetros de profundidade, tendo como alvos preferidos os PC, os armazéns logísticos e os centros de transmissões.
- Unidades da divisão pára-comando
Ficam encarregadas pela conquista dos pontos importantes e pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação na profundidade. Nas acções ofensivas, devem infiltrar-se nos pontos importantes de modo a conquistá-los imediatamente antes de uma acção ofensiva para facilitar a passagem de unidades pesadas amigas.
Incursão rápida e profunda no seio do dispositivo do inimigo de modo a:
- Conquistar um objectivo importante;
- Destruir objectivos com elevado significado operacional;
- Executar uma acção específica (libertação de prisioneiros, evacuação de cidadãos nacionais, detenção de indivíduos específicos, etc.).
- Surpresa e velocidade.
As brigadas responsáveis pelo golpe de mão e pela cobertura são reforçadas com meios. A artilharia das brigadas de 1º escalão encontra-se em movimento assim que o golpe de mão é lançado, até cerca de 10 km quilómetros da área chave. Durante todo este movimento, o apoio de fogos é assegurando pelos meios da divisão e pelos meios da brigada de artilharia independente. A artilharia de longo-alcance desempenha um papel importante neste contexto.
Destacamento de uma companhia engenharia do batalhão de engenharia, reforçada com TMM, para a brigada que executa o esforço.
O combate rádio-electrónico pode contribuir directa ou indirectamente para neutralizar 25% dos meios do adversário.
Durante um ataque, em ligação com a artilharia de campanha, os meios anticarro apoiam durante: a prepararação do ataque, o lançamento do ataque e o acompanhamento das unidades de primeiro escalão. Assegura o apoio de fogo aéreo de proximidade. Pode levar a cabo golpes de mão de helicóptero na retaguarda do inimigo até 70 quilómetros de profundidade, visando, em particular, os PC, os depósitos logísticos e os centros de transmissões.
- Unidades da divisão pára-comando
Ficam encarregadas pela conquista dos pontos importantes e pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação na profundidade. Nas acções ofensivas, devem infiltrar-se nos pontos importantes de modo a conquistá-los imediatamente antes de uma acção ofensiva para facilitar a passagem de unidades pesadas amigas.
Na acção defensiva, a articulação das unidades adapta-se à missão, ao terreno e à natureza do adversário. Os princípios essenciais são:
- Troca de brigadas de manobra entre divisões;
- Montagem de campos de minas (minas anti-pessoais e anti-carro) e obstáculos à frente das posições;
- Defesa na profundidade, usando todas as possibilidades do terreno;
- Execução de uma intensa barragem anti-carro, composta principalmente por armas anti-carro de curto e de médio alcance;
- Recurso sistemático a acções de flagelação levadas a cabo por elementos préposicionados ou outros, tanto no 1º escalão como na profundidade do dispositivo inimigo e ainda durante as fases de retardamento e de defesa de posição ou móvel, na retaguarda e nos flancos de um eventual agressor, assim como nas linhas de comunicação e nas unidades de apoio do inimigo.
Forma de manobra de detenção destinada a impedir que o inimigo atravesse uma linha ou que conquiste uma determinada área.
Trata-se de fazer parar o inimigo sem ceder terreno e durante um determinado período de tempo, com a finalidade de ganhar tempo, infligir-lhe o maior número de baixas possível e preparar-se para passar à ofensiva.
A duração da missão depende de vários parâmetros, tais como: tempo e meios disponibilizados para a preparação, o valor defensivo do terreno, a relação de forças, o valor de combate das unidades, o tempo necessário para enviar para o combate uma grande unidade que está em reserva, etc.
Potência dos fogos, preparação e coordenação.
O reforço de meios é a regra geral em todos os escalões. A disponibilidade de lançadores é máxima (50 a 100%). Os meios de apoio de fogos de longo alcance são posicionados suficientemente afastados da linha de contacto, de modo a ficarem protegidos da contra-bateria. Os fogos planeados são aplicados sobre os pontos altos e sobre as zonas notáveis do terreno (limites, cruzamentos, corredores de penetração, etc.);
Estabelecimento de linhas de defesa, de trincheiras, fossos anti-carro, abrigos e posições para veículos blindados, criação de campos de minas e participação em missões de protecção. A divisão de infantaria deve receber reforços das unidades de engenharia de forma poder cumprir a missão;
- É constituida uma reserva mecanizada ou blindada em cada divisão;
- Destacam-se batalhões de apoio divisionários para as brigadas mais vulneráveis;
- Dentro da divisão blindada as brigadas de infantaria mecanizada são reforçadas com unidades blindadas;
- Unidades da divisão pára-comando
São empenhadas na conquista dos pontos importantes e pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação na profundidade. Nas acções defensivas, lançam operações de flagelação numa zona tampão (buffer-zone) à frente do dispositivo amigo.
Para uma grande unidade táctica, combinar em profundidade, acções de cobertura, de retardamento, de detenção e de contra-ataques blindados, levando o inimigo a abandonar o terreno, de modo a:
- Enfraquecer o adversário infligindo-lhe perdas preservando da melhor forma o potencial das forças amigas empenhado;
- Retardar e, com frequência, canalizar a sua progressão;
- Desta forma, ganhar tempo e preparar para retomar a ofensiva através do empenhamento das forças inicialmente em reserva.
A defesa móvel visa trocar terreno por tempo, quando a relação de forças é desfavorável e/ou numa situação táctica difícil.
Pretende-se tornar a progressão do inimigo mais lenta e infligir-lhe perdas até que a iniciativa possa ser retomada.
A manobra da divisão da GLAISE alterna as fases de cobertura, de retardamento, de detenção e de contra-ataque. Pode ser precedida ou seguida de uma recolha de informação. Pode ser necessária uma cobertura conduzida por uma guarda de flanco móvel.
Valorização do terreno.
O reforço de meios é a regra geral em todos os escalões. A disponibilidade de lançadores é máxima (50 a 100%). Os meios de apoio de fogos de longo alcance são posicionados suficientemente afastados da linha de contacto, de modo a ficarem protegidos da contra-bateria. Os fogos planeados são aplicados sobre os pontos altos e sobre as zonas notáveis do terreno (limites, cruzamentos, corredores de penetração, etc.);
Preparar as zonas de empenhamento das unidades encarregadas de acções de contra-ataque;
Estabelecer linhas de defensa, trincheiras, fossos anti-carro, abrigos e posições para veículos blindados, montagem de campos de minas. O batalhão é utilizado prioritariamente em apoio geral.
O combate rádio-electrónico pode contribuir directa ou indirectamente para neutralizar 25% dos meios do adversário.
São empenhadas na conquista dos pontos importantes e pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de busca em profundidade.
Nas operações ofensivas, é empregue em zonas em que os carros de combate não podem ser utilizados (zonas pantanosas, terreno acidentado, montanhas, zona urbana), sendo, para o efeito, reforçada com uma brigada de artilharia e por unidades de engenharia de assalto. Se não não realizar a acção principal, progride no segundo escalão de uma divisão blindada, destruindo os focos de resistência das unidades inimigas ultrapassadas, nomeadamente em zonas urbanas. Nas operações defensivas, mantém posições preparadas ao longo das várias linhas defensivas.
A divisão de infantaria motorizada regular não pode executar este tipo de operações de forma autónoma. Pode, porém, intervir em segundo escalão destruindo os focos de resistência de forças inimigas ultrapassadas em terreno difícil (zonas pantanosas, terreno acidentado, montanhas, zonas urbanas).
É empregue como uma reserva operacional, participando nas modalidades de acção defensivas das divisões mecanizadas e blindadas em terreno difícil.
A Aviação Ligeira das Forças Terrestres da GLAISE (ALFT) é um elemento essencial para o apoio das grandes unidades combinadas. Em tempo de paz encontra-se organizada em torno de três brigadas equipadas com meios homogéneos (logística e transporte, pesado – transporte, táctica - ataque).
Esta organização visa apenas racionalizar a gestão e o apoio das várias aeronaves.
Geralmente, estas brigadas permanecem sob controlo da divisão, sendo rearticuladas em Grupos de Aviação Ligeira (GAL) em tempo de crise, contendo, cada um deles, as três componentes de helicópteros (transporte pesado – assalto aéreo – ataque).
As unidades pára-comando são consideradas as forças de elite pelo comando das Forças Terrestres de GLAISE.
Formam a reserva estratégica do Estado-Maior das Forças Terrestres e podem ser utilizadas de forma autónoma ou para servir de reforço num sector operacional. Teoricamente, as forças pára-comando de GLAISE são uma força de cerca de 11.000 homens agrupados numa divisão. Essencialmente constituída por batalhões pára-comando, empregando maioritariamente a terceira dimensão do espaço de batalha para a sua projecção. O emprego da divisão pára-comando ou das suas brigadas é revelador do esforço de GLAISE.
A zona de acção privilegiada das unidades pára-comando é a retaguarda das tropas do adversário. Ficam encarregadas pelas missões ofensivas na profundidade do dispositivo inimigo (destruição de alvos militares), pela tomada de pontos importantes, pelas operações na retaguarda do inimigo, bem como pelas missões de reconhecimento em profundidade.
Normalmente, a sua projecção ocorre durante a noite ou com condições climatéricas adversas.
Podem executar as missões clássicas de infantaria quando motorizadas.
Para o conjunto das forças regulares, as capacidades de informação humana (HUMINT) pertencem à divisão pára-comando.
A uma brigada ou um elemento da divisão pára-comando pode ser atribuído um sector operacional pertencente a uma divisão blindada ou de infantaria.
Utilizada como uma unidade de infantaria pára-quedista: as acções aerotransportadas da divisão são levadas a cabo sobre objectivos situados a mais de 80 quilómetros no interior das linhas do inimigo. Utilizada como uma unidade de infantaria mecanizada: a divisão actua na linha de contacto.
Os principais objectivos da divisão pára-comando são de duas naturezas:
- Pontos importantes, tais como: pontes, eixos principais, cruzamentos;
- Objectivos militares: PC (da divisão à LCC), destacamentos logísticos (área de apoio ao teatro, bases divisionárias e principais eixos de aprovisionamento), MLRS, zonas aeroportuárias.
Há três acções específicas que caracterizam a manobra ofensiva da divisão páracomando:
- Tomada de objectivos operacionais (profundidade: de 30 a 80 quilómetros) ou de pontos importantes a serem defendidos por mais de 48 horas;
- Combate de infantaria pára-quedista que pode ser combinado com acções especiais;
- Recolha de informações na profundidade sobre objectivos operacionais.
Na manobra defensiva, a divisão pára-comando pode:
- Manter o controlo de localidades na profundidade (de 72 a 96 horas no máximo), dentro do quadro geral de uma operação de contra-ofensiva;
- Desorganizar a área de retaguarda do inimigo;
- Recolher informações na profundidade sobre objectivos operacionais;
- Dado o seu know-how, a divisão pode ainda conduzir todas as missões clássicas de combate de infantaria na linha de contacto.
Os apoios das brigadas são assegurados pelos elementos orgânicos divisionários;
Todos os batalhões estão treinados no transporte por helicóptero;
A presença de equipas de pára-quedistas operacionais, actuando na profundidade do dispositivo do inimigo (reconhecimento e acções ofensivas);
O C-130 e o CH-53 são os meios de transporte utilizados;
Para transportar as tropas são utilizados os veículos BMDs.
A brigada é o primeiro nível com capacidade para conduzir o combate de armas combinadas com os seus meios orgânicos. Caracteriza-se pela sua modularidade, coesão e capacidade de manobra. A articulação das brigadas pode variar mas, normalmente, não compreende mais de 5 batalhões, o que corresponde ao número máximo de unidades que a brigada pode comandar e apoiar com os seus meios orgânicos.
A organização das brigadas é ternária (excepto para a brigada blindada independente e para a brigada de infantaria). Na maior parte dos casos, para o empenhamento, a brigada é reforçada com um quarto batalhão de infantaria ou de carros de combate (oriundo da reserva blindada ou mecanizada da divisão blindada ou da brigada blindada independente) e/ou com um quinto batalhão que constitui uma reserva táctica para a brigada.
Quando a brigada está encarregada pelo esforço da divisão, é sistematicamente reforçada com meios de fogo e de engenharia. Neste caso, beneficia de um destacamento de meios do escalão nacional na zona de empenhamento da brigada e do apoio de fogo genuíno fornecido pelo escalão superior e pelo apoio logístico.
A brigada na ofensiva ataca geralmente ao longo de dois eixos, com um elemento reservado. Pode ser precedida por uma guarda-avançada ou flanqueada.
A brigada consegue obter relações de potencial de combate favoráveis ao êxito da missão, local e momentaneamente, combinando a surpresa e a concentração de esforços obtida através do emprego coordenado do fogo directo e indirecto e da manutenção da velocidade de manobra.
No entanto, esta relação de forças pode mudar no tempo e no espaço.
A relação de forças é um coeficiente que combina factores tangíveis, como o armamento e o volume das forças e factores intangíveis como o moral e a coesão das forças terrestres. O potencial necessário é calculado em função do efeito a obter:
- Destruir: 4/1
- Atacar: 3/1
- Reter: 0,5/1
GLAISE assenta as suas operações na rede de áreas edificadas, sem, no entanto, espalhar as suas forças. As aldeias e as áreas suburbanas situadas a mais de 40 km dos eixos de progressão principais serão protegidas de forma simbólica, por unidades aí posicionadas e cuja missão principal é a imposição da lei e da ordem.
Ao longo dos eixos principais, as aldeias e as áreas edificadas são sistematicamente utilizadas como pontos de apoio para:
- Retardar: cada aldeia poderá ser ocupada por pequenos grupos de forças até ao escalão pelotão (no máximo) de modo a atrasar a progressão do inimigo;
- Reter: quando o combate é conduzido em terreno aberto, GLAISE irá defender firmemente a periferia de cidades para conter, ou para canalizar o inimigo;
- Defender: uma vez que o inimigo irá concentrar as suas acções nos principais centros estratégicos (nós de comunicações ou centros de tomada de decisão), GLAISE irá concentrar-se na defesa destes centros.
GLAISE considera que as cidades com 40 000 habitantes podem acolher uma brigada com a missão de defesa de posição. A distribuição e os dispositivos dos batalhões são definidos pela brigada.
Nas cidades com menos de 40 000 habitantes, serão apenas empenhadas unidades escalão batalhão para retardar a progressão do inimigo ou para defender cidades isoladas.
A profundidade do escalonamento da brigada depende da missão, da ameaça e do terreno. O dispositivo táctico utilizado para executar a manobra compreende o escalão de manobra e um escalão de apoio ao combate e de apoio logístico.
No escalão de manobra, a brigada empenha um ou dois agrupamentos de armas combinadas no esforço e um ou dois como elementos de apoio.
O escalão de apoio ao combate e de apoio logístico junta os elementos necessários ao apoio da brigada, estes meios são dados de reforço ou fornecidos pela divisão blindada numa relação de apoio.
Observações:
- Os grupos de carros de combate são constituídos por 3 esquadrões. Cada esquadrão é equipado com um MBT ou com uma viatura de comando e 3 pelotões de 3 MBT/Transporte de Tropas/IFV. Todos os grupos de carros de combate estão equipados com T-72 B;
- A Brigada dispõe dos seus próprios meios de reconhecimento.
- A prioridade é dada às informações e ao conhecimento do adversário;
- Os ataques devem ser feitos nos limites dos sectores do adversário ou em zonas maioritariamente indefesas;
- O uso do terreno e dos meios de progressão mais adequados;
- A procura sistemática pelo efeito surpresa e pelo uso possível de manobras de decepção (ataques de diversão);
- A concentração de forças significativas no sector de ataque para ter superioridade a nível local.
A organização das brigadas pode sofrer alterações mas habitualmente não pode compreender mais de 5 batalhões, o que corresponde ao número máximo de unidades que a brigada tem capacidade para comandar e apoiar com os seus meios orgânicos.
Exemplos:
Brigada (+): 3 grupos de carros de combate e 1 batalhão de infantaria
ou
2 grupos de carros de combate e 2 batalhões de infantaria
Em geral, a brigada blindada na ofensiva ataca ao longo de dois eixos, com um elemento de reserva. Pode ser precedida por uma guarda avançada e por uma guarda de flanco.
- Os grupos de carros de combate são utilizados na frente quando se pretende velocidade, quando o objectivo fica situado na profundidade e quando o terreno o permite.
- Os batalhões de infantaria estão empenhados no primeiro escalão em zonas urbanas quando o terreno não é favorável aos carros de combate.
Operação ofensiva destinada a neutralizar os elementos de segurança do adversário e a obter informações precisas sobre o seu dispositivo.
Esta modalidade de acção faz parte da manobra de informação e é uma acção preliminar conduzida pela frente ou pelos flancos, para permitir à divisão de lançar o ataque sobre o adversário que é, em geral, móvel mas que pode retirar.
O êxito do reconhecimento em força depende de um determinado número de efeitos que devem ser obtidos:
- Progressão da divisão sobre uma profundidade relativamente grande (20 a 30 km) e sobre uma frente de aproximadamente trinta quilómetros, de uma maneira rápida e segura;
- Neutralização dos elementos de segurança do inimigo;
- Estabelecimento do contacto com as principais forças inimigas;
- Preparação da acção subsequente.
- Artilharia de Campanha;
- Apoio à mobilidade;
- Guerra Electrónica
O combate radio-electrónico pode contribuir directa ou indirectamente para destruir ou neutralizar 25% dos meios adversos. Uma companhia de um batalhão de GE poderão tomar parte na recolha de informações tácticas em prol da brigada;
- Aviação de Exército.
Unidades da divisão pára-comando ficam encarregadas pela tomada dos pontos importantes, sendo ainda responsáveis pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação na profundidade. Nas acções ofensivas devem infiltrar-se nos pontos importantes de modo a conquistá-los imediatamente antes de uma acção ofensiva para facilitar a passagem de unidades amigas pesadas.
A acção essencial numa manobra ofensiva que combina fogo e movimento para destruir um inimigo determinado ou para expulsá-lo das áreas que ocupa, infringindo-lhe as maiores perdas possíveis.
O ataque conduzido ao nível da brigada visa o centro de gravidade do inimigo. O êxito de um ataque deste tipo resulta de ataques vitoriosos sobre sucessivos objectivos tácticos.
Rapidez, surpresa, cobertura do dispositivo.
- Artilharia de Campanha;
- Apoio à mobilidade;
- Guerra Electrónica;
- Aviação de Exército.
Unidades da divisão pára-comando ficam encarregadas pela tomada dos pontos importantes, sendo ainda responsáveis pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação na profundidade. Nas acções ofensivas devem infiltrar-se nos pontos importantes de modo a conquistá-los imediatamente antes de uma acção ofensiva para facilitar a passagem de unidades amigas pesadas.
Manobra ofensiva destinada a atacar o inimigo pelo flanco.
MA 1 do inimigo: o ataque pelo flanco é uma modalidade de acção secundária destinada a destabilizar o inimigo durante um ataque frontal.
MA 2 do inimigo: O ataque pelo flanco é a acção principal escolhida para desorganizar o inimigo e o ataque é apenas uma manobra de decepção.
Rapidez, surpresa, cobertura do dispositivo.
- Artilharia de Campanha;
- Apoio à mobilidade;
- Guerra Electrónica;
- Aviação de Exército.
Unidades da divisão pára-comando ficam encarregadas pela tomada dos pontos importantes, sendo ainda responsáveis pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação na profundidade. Nas acções ofensivas devem infiltrar-se nos pontos importantes de modo a conquistá-los imediatamente antes de uma acção ofensiva para facilitar a passagem de unidades amigas pesadas.
O Golpe de mão é uma penetração rápida, profunda no interior do dispositivo inimigo de modo a:
- Conquistar um ponto importante;
- Destruir objectivos de grande interesse operacional;
- Executar uma acção específica (libertação de prisioneiros, evacuação cidadãos nacionais, detenção de indivíduos específicos, etc.).
- Acções de reconhecimento preliminares;
- Surpresa e velocidade.
- Artilharia de Campanha;
- Apoio à mobilidade;
- Guerra Electrónica;
- Aviação de Exército.
Unidades da divisão pára-comando ficam encarregadas pela tomada dos pontos importantes, sendo ainda responsáveis pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação na profundidade.
O combate defensivo, móvel ou estático, apoia-se em posições construídas na profundidade e adaptadas ao terreno.
Na acção defensiva, a articulação das unidades adapta-se à missão, ao terreno e à natureza do adversário. Os princípios essenciais são:
- Troca de batalhões entre as brigadas;
- Montagem de campos de minas (minas anti-pessol e anti-carro) e de obstáculos à frente das posições;
- Dispositivo defensivo montado na profundidade, usando todas as possibilidades do terreno;
- Montagem de uma densa barragem anti-carro, empregando principalmente as armas anti-carro de curto e de médio alcance;
- Recurso sistemático a acções de flagelação executadas por elementos pré-posicionados ou não, tanto no 1º escalão como na profundidade do dispositivo inimigo e ainda durante as fases retardamento e de defesa (defesa em posição ou móvel), na retaguarda e nos flancos de um eventual agressor, assim como sobre as linhas de comunicações e nas unidades de apoio do inimigo.
Nas operações defensivas, as unidades blindadas são empregues na condução de operações retrógradas, acções de vigilância, e na execução de contraataques a partir de posições em segundo escalão. Podem, ainda, ser mantidas em reserva.
As unidades de infantaria são utilizadas de preferência nos terrenos difíceis.
Forma de manobra de bloqueio destinada a impedir que o inimigo atravesse uma linha ou que conquiste uma determinada área.
Trata-se de fazer parar o inimigo sem ceder terreno e durante um determinado período de tempo, com a finalidade de ganhar tempo, infligir-lhe o maior número de baixas possível e preparar-se para passar à ofensiva.
Potência dos fogos, preparação e coordenação.
- Artilharia de Campanha;
- Apoio à mobilidade;
- Guerra Electrónica
- Aviação de Exército.
São destacados batalhões de apoio divisionários para as brigadas mais vulneráveis;
Para uma grande unidade táctica, combinar em profundidade, acções de cobertura, de retardamento, de detenção e de contra-ataques blindados, levando o inimigo a abandonar o terreno, de modo a:
- Enfraquecer o adversário infligindo-lhe perdas preservando da melhor forma o potencial das forças amigas empenhado;
- Retardar e, com frequência, canalizar a sua progressão;
- Desta forma, ganhar tempo e preparar para retomar a ofensiva através do empenhamento das forças inicialmente em reserva.
Valorização e conhecimento do terreno.
- Artilharia de Campanha;
- Apoio à mobilidade;
- Guerra Electrónica;
- Aviação de Exército.
- Reforço com um grupo de carros de combate e/ou de um batalhão mecanizado;
- Destacamento de batalhões de apoio ao combate da divisão em apoio às brigadas mais vulneráveis.
A tabela que se segue descreve as regras de empenhamento da brigada mecanizada regular durante operações ofensivas e defensivas. Estas correspondem a um empenhamento num terreno semi-desértico e aberto. Podem sofrer alterações em função do terreno e das condições climatéricas ou ainda de um empenhamento nocturno.
A noção de tempo é definida pela velocidade da manobra. Assim, para um reconhecimento em força a um ritmo de 15 a 20 km/h, o primeiro escalão está a 2 horas dos elementos da guarda avançada.
A brigada mecanizada pode desempenhar as mesmas missões que as brigadas blindadas, mas numa escala mais reduzida. Como nos últimos anos não receberam a maior parte do equipamento blindado moderno, são normalmente utilizadas como segundo escalão das brigadas blindadas.
Acção de combate destinada a neutralizar os elementos de segurança do adversário e a obter informações sobre o seu dispositivo inimigo, de modo a preparar o ataque.
Esta modalidade de acção faz parte da manobra das informações e é uma acção preliminar, conduzida pela frente ou pelos flancos, para permitir à divisão ou à brigada o lançamento imediato do ataque contra o adversário que é, em geral, móvel mas que pode retirar.
O êxito do reconhecimento na acção ofensiva depende de um determinado número de efeitos a serem obtidos:
- Progressão da divisão sobre uma profundidade relativamente grande (20 a 30 km) e sobre uma frente de aproximadamente trinta quilómetros, de uma maneira rápida e segura;
- Neutralização dos elementos de reconhecimento e de segurança do adversário;
- Estabelecimento do contacto com as principais forças do adversário;
- Preparação da acção subsequente.
- Artilharia de Campanha;
- Apoio à Mobilidade e Contra-Mobilidade;
- Guerra Electrónica;
- Aviação de Exército.
Unidades da divisão pára-comando ficam encarregadas pela conquista de pontos importantes, sendo ainda responsáveis pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação em profundidade. Nas acções ofensivas devem infiltrar-se nos pontos importantes, de modo a conquistá-los imediatamente antes de uma acção ofensiva para facilitar a passagem de unidades pesadas amigas.
A acção essencial da manobra ofensiva que combina fogo e movimento para destruir um inimigo determinado ou para expulsá-lo das áreas que ocupa, infligindo-lhe as maiores perdas possíveis.
O ataque conduzido ao nível da brigada visa um centro de gravidade. O êxito de um ataque deste género resulta de ataques vitoriosos sobre sucessivos objectivos tácticos.
O êxito do ataque depende de um determinado número de efeitos que devem ser obtidos:
- Adequada preparação da brigada;
- Surpresa do adversário;
- Ruptura do dispositivo do adversário;
- Penetração do dispositivo do adversário.
Como a divisão, a brigada pode beneficiar de numerosos apoios nas seguintes áreas:
- Artilharia de Campanha;
- Apoio à Mobilidade e Contra-mobilidade;
- Guerra Electrónica;
- Aviação de Exército.
Unidades da divisão pára-comando ficam encarregadas pela conquista de pontos importantes, sendo ainda responsáveis pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação em profundidade. Nas acções ofensivas devem infiltrar-se nos pontos importantes, de modo a conquistá-los imediatamente antes de uma acção ofensiva para facilitar a passagem de unidades pesadas amigas.
Manobra ofensiva destinada a atacar o inimigo pelo flanco.
MA 1 do inimigo: o ataque pelo flanco é uma modalidade de acção secundária destinada a destabilizar o inimigo durante um ataque frontal.
MA 2 do inimigo: O ataque pelo flanco é a acção principal escolhida para desorganizar o inimigo e o ataque é apenas uma manobra de decepção.
Rapidez, surpresa, cobertura do dispositivo.
- Artilharia de Campanha;
- Apoio à Mobilidade e Contra-mobilidade;
- Guerra Electrónica;
- Aviação de Exército.
Unidades da divisão pára-comando ficam encarregadas pela conquista de pontos importantes, sendo ainda responsáveis pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação em profundidade. Nas acções ofensivas devem infiltrar-se nos pontos importantes, de modo a conquistá-los imediatamente antes de uma acção ofensiva para facilitar a passagem de unidades pesadas amigas.
O golpe de mão é uma incursão rápida e profunda no interior do dispositivo inimigo de modo a:
- Conquistar um ponto importante;
- Destruir objectivos de grande interesse operacional;
- Executar uma acção específica (libertação de prisioneiros, evacuação cidadãos nacionais, detenção de indivíduos específicos, etc.).
- Acções de reconhecimento preliminares;
- Surpresa e velocidade.
- Artilharia de Campanha;
- Apoio à Mobilidade e Contra-mobilidade;
- Guerra Electrónica;
- Aviação de Exército.
Unidades da divisão pára-comando ficam encarregadas pela conquista de pontos importantes, sendo ainda responsáveis pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação em profundidade. Nas acções ofensivas devem infiltrar-se nos pontos importantes, de modo a conquistá-los imediatamente antes de uma acção ofensiva para facilitar a passagem de unidades pesadas amigas.
Na acção defensiva, a articulação das unidades adapta-se à missão, ao terreno e à natureza do adversário. Os princípios essenciais são:
- Troca de batalhões entre as brigadas;
- Montagem de campos de minas (minas anti-pessol e anti-carro) e de obstáculos à frente das posições;
- Dispositivo defensivo montado na profundidade, usando todas as possibilidades do terreno;
- Montagem de uma densa barragem anti-carro, empregando principalmente as armas anti-carro de curto e de médio alcance;
- Recurso sistemático a acções de flagelação executadas por elementos pré-posicionados ou não, tanto no 1º escalão como na profundidade do dispositivo inimigo e ainda durante as fases retardamento e de defesa (defesa em posição ou móvel), na retaguarda e nos flancos de um eventual agressor, assim como sobre as linhas de comunicações e nas unidades de apoio do inimigo.
Forma de manobra de bloqueio destinada a impedir que o inimigo atravesse uma linha ou que conquiste uma determinada área.
Trata-se de fazer parar o inimigo sem ceder terreno e durante um determinado período de tempo, com a finalidade de ganhar tempo, infligirlhe o maior número de baixas possível e preparar-se para passar à ofensiva.
Potência dos fogos, preparação e coordenação.
- Anticarro;
- Artilharia de Campanha;
- Apoio à Mobilidade e Contra-mobilidade;
- Guerra Electrónica
- Aviação de Exército.
- É constituída uma reserva mecanizada ou blindada em cada divisão;
- São destacados batalhões de apoio divisionários para as brigadas mais vulneráveis;
- Reforço por unidades blindadas;
- Unidades da divisão pára-comando ficam encarregadas pela conquista de pontos importantes, sendo ainda responsáveis pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação em profundidade. Nas acções defensivas, lançam operações de flagelação sobre uma zona tampão à frente do dispositivo amigo.
Para uma grande unidade táctica, combinar em profundidade, acções de cobertura, de retardamento, de detenção e de contra-ataques blindados, levando o inimigo a abandonar o terreno, de modo a:
- Enfraquecer o adversário infligindo-lhe perdas preservando da melhor forma o potencial das forças amigas empenhado;
- Retardar e, com frequência, canalizar a sua progressão;
- Desta forma, ganhar tempo e preparar para retomar a ofensiva através do empenhamento das forças inicialmente em reserva.
A defesa móvel tem por finalidade trocar terreno por tempo, quando a relação de forças é desfavorável e/ou numa situação táctica difícil.
Valorização de um terreno conhecido.
- Anticarro;
- Artilharia de Campanha;
- Apoio à Mobilidade e Contra-mobilidade;
- Guerra Electrónica;
- Aviação de Exército.
Unidades da divisão pára-comando ficam encarregadas pela conquista de pontos importantes, sendo ainda responsáveis pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação em profundidade. Nas acções defensivas, lançam operações de flagelação sobre uma zona tampão à frente do dispositivo amigo.
O objectivo é impedir ao inimigo a liberdade de movimentos numa determinada área, através da detecção de qualquer implantação, infiltração ou movimento e através da adopção de acções para o enfrentar de forma adequada. Esta modalidade de acção é, normalmente, conduzida numa área de operações que é muito difícil devido à sua compartimentação, à sua estrutura alveolar e à densidade da sua população.
Para a brigada em combate numa área edificada, esta modalidade de acção pode aplicar-se a um aglomerado que tenha entre 20 000 a 50 000 habitantes.
- Exercer uma vigilância estabelecendo um dispositivo fixo e móvel para detectar qualquer implantação, infiltração ou movimento;
- Centralizar a exploração das informações;
- Intervir rapidamente contra qualquer adversário.
- Anticarro;
- Artilharia de Campanha;
- Apoio à Mobilidade e Contra-mobilidade;
- Guerra Electrónica;
- Aviação de Exército.
Unidades da divisão pára-comando ficam encarregadas pela conquista de pontos importantes (cruzamentos, pontes, etc.), sendo ainda responsáveis pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação em profundidade.
Na acção ofensiva, fica encarregada pela penetração das linhas do adversário em áreas em que os blindados não podem ser utilizados (zonas pantanosas, terreno acidentado, montanhas, área urbana). Neste caso, tem de ser reforçada por uma brigada de artilharia e por unidades de engenharia de assalto. Se não executar a operação principal, progride no segundo escalão de uma divisão blindada, reduzindo as resistências ultrapassadas, nomeadamente em zonas urbanas. Nas operações defensivas, mantém posições preparadas ao longo das várias linhas defensivas.
Pode ainda ser empregue em terreno difícil, como economia de forças, nas modalidades de acção defensiva das brigadas mecanizadas e blindadas.
Em geral, a brigada de infantaria motorizada regular é empregue no 2º escalão para reduzir as resistências inimigas ultrapassadas em terrenos difíceis (zonas pantanosas, terreno acidentado, montanhas, áreas urbanas, etc.).
O objectivo é impedir ao inimigo a liberdade de movimentos numa determinada área, através da detecção de qualquer implantação, infiltração ou movimento e através da adopção de acções para o enfrentar de forma adequada. Esta modalidade de acção é, normalmente, conduzida num ambiente que é muito difícil devido à sua compartimentação, à sua estrutura alveolar e à densidade da sua população.
Para a brigada em combate numa área edificada, esta modalidade de acção pode aplicar-se a um aglomerado que tenha entre 40 000 habitantes.
- Exercer uma vigilância estabelecendo um dispositivo fixo e móvel para detectar qualquer implantação, infiltração ou movimento;
- Centralizar a exploração das informações;
- Intervir rapidamente contra qualquer adversário.
- Anticarro;
- Artilharia de Campanha;
- Apoio à Mobilidade e Contra-Mobilidade;
- Guerra Electrónica;
- Aviação de Exército.
Unidades da divisão pára-comando ficam encarregadas pela conquista de pontos importantes (cruzamentos, pontes, etc.), sendo ainda responsáveis pelas operações na retaguarda do inimigo, assim como pelas acções de informação em profundidade.
A finalidade é terminar uma acção ofensiva colocando um inimigo contornado fora da acção de combate.
Isolar o inimigo, fixar os seus diferentes elementos e proceder à sua destruição em fases sucessivas.
Esta brigada é especializada nas operações anfíbias e em combate em zonas pantanosas.
Nas operações clássicas, executa as mesmas missões que a divisão de infantaria mas numa frente mais pequena:
- A sua principal missão é estabelecer uma cabeça-de-ponte no início de uma operação de desembarque;
- Pode receber missões de segurança de área nas zonas fluviais ou em zonas pantanosas e na retaguarda da frente.
Tem a capacidade para executar operações não convencionais nas zonas húmidas.
Observações:
- O desembarque é assegurado pelos meios da Marinha;
- O apoio de fogo da artilharia é fornecido pela artilharia naval;
- A briga dispõe de elementos de reconhecimento de praias e de zonas costeiras (mergulhadores), equipados com pequenas embarcações e com jet skis;
Desembarque Típico
Inicialmente, a artilharia naval, os helicópteros de ataque e a aviação táctica bombardeiam as posições do inimigo;
- Desembarque de pequenos grupos em barcos insufláveis ou em barcos rápidos e armados;
- Desembarque dos batalhões, empregando embarcações de desembarque.
Compostas por três batalhões de pára-comandos, estas brigadas são as mais operacionais das forças terrestres. Normalmente são empregues em missões na profundidade do dispositivo inimigo utilizando a terceira dimensão do espaço de batalha (aerotransportadas ou aeromóveis). Têm equipas de pára-quedistas operacionais (pathfinders). Os C-130 HERCULES são os aviões de transporte mais utilizados para largar as tropas.
O batalhão é a unidade básica para emprego operacional.
Cada brigada da divisão pára-comando tem um batalhão de informações. Este batalhão permite:
- Recolher informações a nível operacional e estratégico em proveito do estado-maior operacional;
- Levar a cabo acções de reconhecimento em benefício de toda ou de parte da divisão pára-comando;
- Reforçar os meios de informação da unidade junto da qual se encontra cedida.
Estas brigadas têm as mesmas estruturas que as brigadas blindadas divisionárias e são principalmente empregues no reforço das divisões de infantaria. Os seus meios podem ser distribuídos pelas várias divisões de infantaria.
O batalhão apresenta uma estrutura ternária. No entanto, em emprego operacional, pode ser reforçado por uma quarta companhia de infantaria ou de carros de combate ou até por uma quinta unidade táctica elementar.
O escalão de manobra brigada é composto por um elemento líder (1º escalão) e por um elemento de apoio de combate ou por um elemento de apoio de serviços (2º escalão), cada um composto por dois ou três batalhões.
As tarefas e as regras de emprego dos batalhões diferem dependendo se pertencem ao 1º ou ao 2º escalão.
Os batalhões de infantaria motorizada em BTR 70 são empregues, prioritariamente, em terreno arborizado e em zonas urbanas para estabelecer uma cabeça-de-ponte, para ultrapassar obstáculos e para combater contra a infantaria a pé. Se não receberem reforços significativos por parte de unidades de carros de combate, estas unidades não têm capacidade para conduzir ataques de grande amplitude. Os batalhões de infantaria mecanizada equipados com BMP2 possuem uma grande capacidade de choque e são empregues no esforço.
Os grupos de carros de combate equipados com T72S e Chieftain são destacados prioritariamente para a ruptura e para a exploração, assim como contra as unidades inimigas blindadas.
A brigada consegue obter relações de potencial de combate favoráveis ao êxito da missão, local e momentaneamente, combinando a surpresa e a concentração de esforços obtida através do emprego coordenado do fogo directo e indirecto e da manutenção da velocidade de manobra.
A tabela abaixo descreve as regras de empenhamento para o batalhão em operações ofensivas e defensivas. A zona de operações escolhida deve permitir a adequada dispersão das unidades e, ao mesmo tempo, a sua rápida concentração de forma a permitir a execução de uma acção de ruptura. Estas regras de empenhamento são válidas para um terreno semi-desértico e aberto. Estas regras podem sofrer alterações em função do terreno e das condições climatéricas ou ainda durante um empenhamento nocturno.
A noção de tempo é definida pela velocidade da manobra. Assim, para um reconhecimento na acção ofensiva a um ritmo de 15 a 20 km/h, o primeiro escalão está situado 2 horas atrás dos elementos da guarda avançada.
As suas formações apresentam-se muito simplificadas:
- Formação em coluna durante a marcha de aproximação utilizando as máscaras do terreno;
- Formação em linha para o assalto. Geralmente, os ataques dos batalhões pesados fazem-se com formação em V. Alguns batalhões de infantaria mecanizada atacam formados em linha, com o apoio dos carros de combate.
O grupo de carros de combate, na execução de um reconhecimento em força, manobra da seguinte forma:
Estabelecer o contacto com o primeiro escalão do inimigo e identificá-lo. O batalhão tem capacidade para destruir rapidamente as unidades de reconhecimento do inimigo.
Um grupo de carros de combate sobre um ou dois eixos. Quando responsável pelo esforço principal, concentra-se num eixo. Ao contacto, o grupo de carros da frente recolhe informações e, à ordem, fixa o inimigo. Posteriormente, pode adoptar uma formação em linha frente ao inimigo, de modo a impedir que aquele retire.
Seguir e apoiar o grupo de carros em 1º escalão, estando preparado para apoiá-lo, no quadro da destruição de elementos de reconhecimento.
O grupo em 2º escalão, à ordem, participa no ataque ao inimigo em contacto, executando um contra-ataque local no caso de um grupo de carros de combate reforçando uma brigada de infantaria.
Afastado do inimigo, dispositivo em coluna sobre um ou dois eixos com 4 a 7 km de profundidade.
Na proximidade do inimigo:
Durante um ataque frontal ou pelo flanco da guarda avançada, o grupo de carros de combate manobra como se segue:
Conquistar um objectivo destruindo os elementos do inimigo que o ocupavam. O ataque é precedido de uma preparação da artilharia e é executado com a coberto dos elementos da brigada, podendo, eventualmente, dispor de cobertura dos flancos.
Nota: os carros de combate deslocam-se continuamente à velocidade máxima.
Seguir e apoiar o 1º escalão, estando preparado para explorar uma abertura do dispositivo do inimigo.
O grupo de carros de combate durante um golpe de mão manobra como se segue:
Reconhecer a progressão da brigada, de modo a estabelecer o contacto com o inimigo que ocupa o objectivo. O ponto-chave para o sucesso do golpe de mão reside na manutenção da velocidade de progressão do grupo de carros até à proximidade máxima do objectivo.
O pelotão de reconhecimento e 2 esquadrões encabeçam o movimento no eixo principal; a 3ª companhia encontra-se num eixo secundário.
O esquadrão em 2º escalão mantém a possibilidade de mudar de eixo.
Apoiar os elementos do 1º escalão preparado para participar na conquista do objectivo, auxiliando no eixo secundário. O pelotão de reconhecimento do grupo de carros mantém o contacto visual com os elementos da rectaguarda do 1º escalão.
O grupo de carros de combate pode ser reforçado por uma companhia de infantaria, podendo adoptar dois tipos dispositivos em 2 escalões: 3 unidades à frente ou 2 unidades à frente:
Nestes casos, o emprego da unidade de infantaria corresponde é feito de acordo com as normas adequadas a estas unidades. As unidades de infantaria poderão ser colocadas em 1º ou em 2º escalão em função do terreno (acidentado, arborizado, urbano, etc.) e do inimigo (blindado/mecanizado ou infantaria, na ofensiva ou na defensiva, probabilidade de contacto, etc.). As formações adoptadas permanecem de acordo com as doutrinas de emprego previamente apresentadas: a formação de cunha invertida (3+1) mantém-se a regra para a maioria dos compromissos ofensivos, excepto quando o contacto com o reconhecimento inimigo é muito provável, nesta situação adopta-se a formação em quadrado (2+2). As missões confiadas às unidades de infantaria são prioritariamente o apoio às unidades do primeiro escalão, com a finalidade de reduzir as resistências ao ataque numa direcção secundária.
As missões do grupo de carros de combate em manobra defensiva são: interditar, reter e deter. O grupo adopta um dispositivo melhorado por um apoio de contramobilidade e de artilharia de campanha. Pode ser reforçado durante uma acção combinada ao nível da brigada por esquadrões de helicópteros da ALFT que asseguram um apoio de escolta e de apoio próximo. A defesa apoia-se em pontos específicos e em terreno favorável.
Os esquadrões de carros de combate auxiliam o pelotão de reconhecimento a recolher depois da sua acção de vigilância. Os esquadrões são instalados em linhas de pelotão, num dispositivo de detenção ou de interdição, tanto na frente como nos flancos. A companhia em segundo escalão está preparada para apoiar uma das companhias da frente, ou para conduzir um contra-ataque de modo a restabelecer o dispositivo.
Esta organização pode ser adaptada a um dispositivo de zona de resistência; a qualquer momento, o batalhão pode receber a missão de preparado para contraatacar de modo a auxiliar outro batalhão.
O contra-ataque será, preferencialmente, executado sobre um dos flancos do inimigo após contornar o seu dispositivo. Este contra ataque é executado de através de um movimento alternado para a frente e para a retaguarda. O contra-ataque por transposição das linhas depende da disponibilidade de apoio de fogos da aviação do exército.
A formação em cunha pode ser adoptada no caso de um contra-ataque contra um dispositivo em profundidade.
Os dispositivos defensivos e de contra-ataque do grupo de carros de combate numa defesa móvel são idênticos aos dos batalhões de carros de combate numa fase de defesa em posição.
O grupo de carros de combate pode ser reforçado por uma companhia de infantaria, podendo adoptar o dispositivo em cunha invertida (3+1) ou em quadrado (2+2).
Nas operações defensivas, as unidades de infantaria são, normalmente, empregues em linhas defensivas no 1º escalão de modo a melhorá-las.
Quando reforçam um grupo de carros de combate, não são empregues nas fases retrógradas do combate defensivo.
Normalmente, são empregues nas zonas de terreno difícil. No caso de um dispositivo de zonas de resistência, o comandante do batalhão pode, excepcionalmente, conceder um pelotão de infantaria a cada companhia de carros de combate.
Haverá continuamente 2 esquadrões numa linha de detenção. O terceiro encontrar-se-á de reserva ou em recuperação depois de uma acção retardante.
A manobra poderá ser feita de duas formas distintas:
- Linhas sucessivas de acções de detenção com uma acção de vigilância entre elas conduzida pelo pelotão de reconhecimento do grupo;
- Um esquadrão de carros de combate conduz uma acção de retardamento até uma determinada linha onde os outros dois conduzem uma acção de detenção.
Nos combates convencionais, a defesa de áreas edificadas por unidades de carros de combate é efectuada nos acessos à área edificada e nas zonas suburbanas. Neste quadro, o grupo de carros de combate pode receber a missão de interditar, reter e de deter.
Um grupo com a missão de interditar um eixo principal adopta um dispositivo em profundidade, em dois (formação base à frente, 2 a 4 km de profundidade) ou três escalões sucessivos (4 a 6 km de profundidade).
O grupo organiza-se em torno de áreas de resistência de companhia nos pontos importantes. Cada companhia tem capacidade de intervenção para apoiar as outras (apoio mútuo).
O Grupo pode ser empregue como reforço das unidades de infantaria destas divisões. Este reforço pode ir até ao nível de esquadrão de carros de combate destinado a reforçar um batalhão de infantaria.
O grupo de carros de combate independente pode também ser empregue, como um todo, em benefício da divisão à qual pertence, para apoiar uma brigada empenhada num reconhecimento em força ou num golpe de mão, assegurar as manobras de decepção durante um ataque, ou para apoiar uma brigada de infantaria empenhada na limpeza de resistências.
O grupo pode assegurar contra-ataques no dispositivo defensivo da divisão, na defesa em posição ou móvel. Pode ainda assegurar a guarda do flanco de uma divisão responsável por um reconhecimento ofensivo, um ataque ou um golpe de mão, e assegurar a cobertura de uma divisão blindada ou conquistar objectivos no final de um golpe de mão.
As regras de empenhamento e os dispositivos são idênticas às do grupo de carros de combate orgânico de uma brigada blindada.
Quando a brigada está a executar um reconhecimento ofensivo, ao batalhão mecanizado podem ser atribuídas as seguintes missões:
Estabelecer o contacto e identificar o primeiro escalão inimigo. O batalhão tem capacidade para destruir os elementos de reconhecimento do inimigo.
O batalhão mecanizado progride sobre um ou dois eixos. Quando empregue no esforço principal, desloca-se sobre dois eixos. Após estabelecer o contacto, o batalhão recolhe informações e, à ordem, fixa o inimigo. Seguidamente, pode adoptar em dispositivo em linha, de modo a impedir que ele retire.
Seguir o batalhão em 1º escalão de modo a apoiá-lo na destruição de elementos de reconhecimento inimigos, à ordem, participar no ataque ao inimigo em contacto ou num contra-ataque caso esteja reforçado com carros de combate.
Quando a brigada está a executar um ataque frontal ou ataque de flanco, ao batalhão mecanizado podem ser atribuídas as seguintes missões:
Penetrar na profundidade do dispositivo do inimigo destruindo-o. A conquista do objectivo segue-se a uma curta preparação de artilharia e é executado com a coberto dos elementos da brigada, podendo, eventualmente, dispor de cobertura dos flancos.
Se não estiver reforçado, o batalhão adopta um dispositivo em triângulo. Estando reforçado, coloca as suas três companhias orgânicas no 1º escalão.
Apoiar os elementos do primeiro escalão, estar preparado para participar na conquista do objectivo e para auxiliar no eixo secundário. O pelotão de reconhecimento do batalhão mantém o contacto visual com os elementos de retaguarda do primeiro escalão.
Adopta os mesmos dispositivos que o batalhão que efectua a conquista do objectivo.
Numa defesa em posição o batalhão pode ser empregue para:
- Defender uma área defensiva;
- Interditar.
O batalhão adopta um dispositivo melhorado por um apoio de contramobilidade e de artilharia de campanha. Pode ser reforçado durante uma acção combinada ao nível da brigada por esquadrões de helicópteros da ALFT que asseguram um apoio de escolta e de apoio próximo. A defesa apoia-se em pontos específicos e em terreno favorável.
O batalhão no esforço principal recebe uma companhia anticarro de reforço. Esta pode ser utilizada tanto para reforçar as companhias da frente com um pelotão por companhia, como agrupada com a companhia em 2º escalão.
O pelotão de reconhecimento vigia até ser recolhido, imediatamente antes do ataque do inimigo.
As três companhias são dispostas em linhas de pelotão, formando um dispositivo de detenção ou de interdição, tanto na frente como nos flancos.
Um esquadrão de carros de combate, recebido como reforço, e em 2º escalão, está preparado para apoiar uma das duas companhias da frente ou para executar um contra-ataque de modo a restabelecer o dispositivo.
O contra-ataque será, preferencialmente, executado sobre um dos flancos do inimigo após contornar o seu dispositivo. Este contra ataque é executado de através de um movimento alternado para a frente e para a retaguarda. O contra-ataque por transposição das linhas depende da disponibilidade de apoio de fogos da aviação do exército.
Numa defesa móvel o batalhão pode ser empregue para:
- Conduzir uma acção detenção;
- Retardar.
A escolha do dispositivo a adoptar é determinada pelo reforço (ou não) do batalhão por uma companhia do batalhão anticarro.
- Linhas sucessivas de acções de detenção com uma acção de vigilância entre elas conduzida pelo pelotão de reconhecimento do batalhão e com o reforço da companhia anticarro;
- Uma companhia conduz uma acção de retardamento até uma determinada linha onde as outras duas conduzem uma acção de detenção;
- Manobra retrógrada por posições alternadas.
Nas operações de segurança de área o batalhão pode ser empregue para:
- Controlar uma área;
- Limpar uma resistência;
- Interceptar;
- Interditar;
- Defender.
Observações:
- Uma esquadra de combate é constituída por 10 indivíduos. Cada esquadra está equipada com uma metralhadora e com um RPG-7. As armas de snipers são um equipamento de pelotão de infantaria;
- O pelotão de reconhecimento está equipado com equipamentos de visão nocturna (para 10 a 25 indivíduos). Para além das suas missões habituais, é responsável por assinalar as áreas minadas.
Para todas as suas missões, o batalhão adopta os mesmos dispositivos e as mesmas regras de empenhamento que os batalhões de infantaria mecanizados. Permanece principalmente orientado para as missões de apoio ao 2º escalão ou para as operações defensivas em áreas edificadas.
No reconhecimento em força o batalhão motorizado regular pode ser empregue para:
- Limpar forças inimigas ultrapassadas;
- Conduzir uma infiltração, penetrando ou rodeando o dispositivo do inimigo, até ao seu 2º escalão ou na direcção das unidades de apoio de combate e de apoio de serviços com o cuidado de ser discreto. O êxito da missão depende da manutenção da velocidade de progressão em direcção ao objectivo.
O pelotão de reconhecimento e duas companhias progridem no eixo de aproximação principal; a terceira companhia progride no eixo secundário.
A companhia em 2º escalão mantém a sua capacidade de mudar de um eixo para outro.
Durante um ataque frontal ou de flanco de brigada o batalhão de infantaria motorizada pode ser empregue para:
- Conquistar um objectivo (operação aerotransportada) : numa manobra ofensiva da brigada (orgânica ou vizinha), o batalhão pode ser empregue para conquistar um ponto importante na área de retaguarda do inimigo. Para uma companhia, a operação aerotransportada pode ter entre 25 a 30 km de profundidade; para o batalhão, pode ter entre 30 a 50 km, numa única leva;
- Conduzir uma infiltração;
- Cobrir.
Na defesa de posição conduzida por uma brigada o batalhão de infantaria motorizado pode ser empregue para:
- Defender;
- Interditar;
- Eliminar infiltrações inimigas;
- Conter.
Na de defesa móvel o batalhão de infantaria motorizado pode ser empregue para flagelar.
Na de defesa de área por uma brigada o batalhão de infantaria motorizado pode ser empregue para:
- Controlar uma área;
- Limpar resistências;
- Interceptar;
- Interditar;
- Defender.
Observações:
- Um batalhão completo tem capacidade para conduzir um reconhecimento de 4 a 6 eixos ;
- Uma companhia pode conduzir um reconhecimento entre 2 a 3 eixos ;
- Pode incluir uma equipa de reconhecimento motociclista (binómios de dois indivíduos com uma RPG-7, na mesma moto).
Um batalhão completo tem capacidade para conduzir um reconhecimento com uma profundidade de 30 a 40 km em 4 a 6 eixos. Uma companhia pode conduzir um reconhecimento em 2 a 3 eixos.
Para além do reconhecimento dos eixos de progressão das forças amigas, o seu objectivo consiste em determinar o esforço principal do inimigo e a forma do seu dispositivo. Para isso, deve recolher informações sobre as guardas-avançadas ou sobre o grosso do 1º escalão e deixar-se ultrapassar pelos elementos de reconhecimento do inimigo.
Depois entrar em contacto com o inimigo, pode vigiar em proveito das primeiras linhas de defesa amigas ou deixar-se ultrapassar para recolher informações sobre o 2º escalão do inimigo e sobre o seu dispositivo de apoio de combate e de apoio de serviços. Nesta situação, poderá ter que recolher informações e servir de guia a uma eventual operação helitransportada na retaguarda do inimigo. Finalmente, as suas capacidades de orientação aéreas permitir-lhe-ão conduzir missões de referenciação dos objectivos para um ataque aéreo.
Durante um golpe de mão ou ataque em profundidade, o grupo de reconhecimento poderá assegurar a guarda de flanco ou a força de cobertura da acção principal. Poderá também, em fim de missão, ser força de segurança da divisão.
Este batalhão não é empenhado para empenhar a vanguarda do inimigo. No entanto, pode combater a fim de recolher informações e de revelar as intenções do inimigo (esforço principal, dispositivo, etc.). Pode igualmente lançar um ataque para assegurar a retirada de um dos seus elementos que está sob o fogo do inimigo (possível uso de 2S12 num curto alcance).
Pode incluir uma equipa de reconhecimento motociclista (binómios de dois indivíduos com uma RPG-7, na mesma moto).
Observações:
O batalhão combate e empenha o inimigo através do alcance máximo do seu armamento. (4000 m para a AT5 e 1500 m para o canhão sem recúo 106 SR). Se houver complementaridade entre mísseis e peças de artilharia, o batalhão anticarro não combinará as suas unidades, mesmo em combates em áreas edificadas. As fraquezas da 106 SR são compensadas pela sua mobilidade (essencialmente em zona urbana).
Num reconhecimento em força conduzido por uma divisão o batalhão anticarro pode ser empregue para:
- Proteger as unidades em 1º escalão;
- Guardar os flancos
Num ataque de divisão o batalhão anticarro pode ser empregue para proteger as unidades em 1º escalão na linha de partida.
Numa defesa de posição de divisão o batalhão anticarro pode ser empregue para:
- Cobrir os intervalos;
- Integrar uma acção de detenção;
- Interditar.
Numa defesa móvel de divisão o batalhão anticarro pode ser empregue para deter o inimigo.
Numa segurança de área de divisão o batalhão anticarro pode ser empregue para:
- Bloquear um eixo;
- Interditar.
Na defesa de áreas edificadas o batalhão anticarro pode ser empregue para:
- Interditar;
- Cobrir.
Durante combates em áreas edificadas, o batalhão anticarro pode participar na defesa de todo o tipo de unidades, blindada ou de infantaria, tanto para defender os eixos de aproximação, ou para combater nos seus subúrbios ou na própria zona urbana. A peça de artilharia 106 SR pode, assim, ser empregue como anticarro ou servir de apoio de fogos contra as unidades de infantaria do inimigo.
Observações:
- Os batalhões de pára-comandos (BCP) respeitam o princípio de um sistema modular e adaptam a composição das suas forças de acordo com os objectivos a atingir. Os pára-quedistas participam nos combates desde o nível da equipa até ao nível de batalhão.
- As operações aerotransportadas são conduzidas contra alvos situados entre 30 a 40 km no interior da zona do inimigo.
Nas operações ofensivas o batalhão pára-comando pode ser empregue de três formas distintas:
- Designação de alvos (Controlador Aéreo Avançado) ;
- Busca e Salvamento em Combate (CSAR-Combat Search And Rescue) ;
- Conquista e/ou destruição de alvos em profundidade ;
- Lançar operações de flagelação na retaguarda do inimigo ;
- Operações especiais: destruição de alvos inimigos simbólicos.
- Reconhecimento ofensivo;
- Cobrir;
- Eliminar resistências.
(As regras de empenhamento são idênticas às do batalhão motorizado regular)
Recolher informação na profundidade (desde o escalão de equipa até ao de companhia). Dentro deste quadro, a frente de observação pode ir até 30 km; esta unidade desdobra-se em duas linhas paralelas separadas por 3 km. Uma equipa isolada pode instalar dois postos de observação separados, no máximo, por 2 km.
Nas operações defensivas o batalhão pára-comando pode conduzir o mesmo tipo de operações:
Acções de flagelação/ataque e de emboscada seguidos por uma recuperação aeromóvel ou por uma exfiltração terrestre.
- Busca e Salvamento em Combate (CSAR-Combat Search And Rescue) ;
- Conquista e/ou destruição de alvos em profundidade ;
- Lançar operações de flagelação na retaguarda do inimigo ;
- Operações especiais: destruição de alvos inimigos simbólicos.
- Defesa temporária;
- Defesa de atrição;
O apoio de fogos artilharia de campanha das forças armadas GLAISE é um elemento essencial da manobra das unidades de armas combinadas. Ao nível táctico batalhão o apoio de fogos é garantido pelo pelotão de morteiros de 120mm. Além disso, é ainda possível destacar meios de artilharia (bocas de fogo) para este escalão táctico (uma bateria por batalhão).
O reforço dos escalões subordinados pelo escalão imediatamente superior é comum sempre que uma unidade se encontra no esforço.
A ausência de um sistema global de comando e controlo específico de artilharia (do tipo ATLAS ou ATTILA) determina uma manobra simples de esquemas bem conhecidos nos quais a reorganização dos meios é limitada.
Neste âmbito, os meios de artilharia são sempre empregues de maneira centralizada e aos meios lançamento disponíveis nos níveis tácticos é dada prioridade ao fogo planeado em detrimento do fogo de oportunidade. No entanto, considera-se que as unidades de artilharia atribuídas aos batalhões executam principalmente fogo de oportunidade enquanto que a artilharia de nível superior executa principalmente fogos planeados.
No eixo de esforço, os fogos de artilharia são sempre massivos e sem constrangimentos logísticos. A saturação é sempre preferida em detrimento da precisão.
Os batalhões ou os agrupamentos de artilharia podem ser reconfigurados durante a organização de forças mas, devido à inexistência de um eficiente Sistema Automático de Comando e Controlo (SACC), os meios não podem ser rearticulados durante a execução de operações.
Geralmente, as bocas de fogo de artilharia são deslocadas para a frente para potenciar o seu alcance.
As unidades de lança foguetes múltiplos são empregues na a saturação de áreas e prioritariamente na destruição dos meios de artilharia adversa. A localização dos seus fogos pode indicar um eixo de esforço particular.
- A brigada reforça geralmente os batalhões com uma bateria de bocas de fogo;
- A brigada é, normalmente, reforçada por um grupo de artilharia de campanha (GAC) 130 mm ou 152 mm e por uma bateria de lança foguetes múltiplos (SLFM) BM-21 da brigada de artilharia de campanha divisionária;
- A divisão recebe da brigada de artilharia de campanha independente no mínimo 1 GAC de bocas de fogo e um GAC SLFM.
- Atribuição de uma bateria ao nível de batalhão;
- A divisão reforça as brigadas em 1º escalão no mínimo com um GAC. No entanto, a brigada no esforço recebe adicionalmente, uma bateria SLFM;
- Reforço das divisões com meios de artilharia (especialmente SLFM) da brigada de artilharia de campanha independente.
As unidades de artilharia de campanha podem ser empregues de acordo com uma das seguintes situações:
- Mantidas sob controlo da unidade da qual são orgânicas (divisão, brigada);
- Dadas de reforço a uma grande unidade;
- Atribuídas a uma unidade.
No apoio às operações ofensivas devem ser considerados os seguintes fogos:
A artilharia de campanha actua, principalmente, em benefício das unidades apoiadas através da sua rede de informações. No entanto, quando o contacto é estabelecido, a artilharia poderá efectuar tiros de modo a facilitar o lançamento do ataque. A artilharia privilegiará os fogosos de oportunidade sobre objectivos pontuais. A disponibilidade dos meios é baixa (25 a 33%).
Inicia-se, aproximadamente, uma hora antes do lançamento do ataque e baseia-se na execução de fogos pré-planeados. Tem uma duração de, aproximadamente, 45 minutos e os seus objectivos principais são os meios de apoio de combate, o sistema de comando e controlo e as zonas logísticas do oponente. As missões de tiro são executadas numa sucessão de concentrações de fogos em diferentes sectores.
Os fogos em profundidade são realizados pela artilharia divisionária, de acordo com um plano de fogos previamente estabelecido ou com base nas Informações recolhidas pela divisão pára-comando ou pela divisão de forças especiais, das forças ideológicas.
A artilharia participa no apoio das unidades em contacto desde o seu lançamento. Inicialmente, uma vez que se encontra posicionada próximo da linha de contacto, a artilharia pode efectuar fogos directos. Os pontos fortes do oponente que impeçam a progressão das unidades em primeiro escalão são os objectivos principais. Procurar-se-á uma elevada disponibilidade dos meios (66 a 75%)
À medida que a unidade apoiada progride, a artilharia direccionará progressivamente os seus fogos para a profundidade. A sua acção consistirá então em apoiar, principalmente, a limpeza as resistências inimigas ultrapassadas e em isolar as eventuais reacções ofensivas do inimigo. A artilharia pode ainda intervir sobre as reservas do adversário. A disponibilidade dos meios será média (33 a 50%).
No caso particular do emprego da artilharia de campanha em apoio a uma unidade combinada actuando na ofensiva contra uma área edificada implica o desenvolvimento de medidas de coordenação específicas.
A artilharia será então utilizada da seguinte forma:
- As unidades da brigada apoiarão as unidades de infantaria ou mecanizadas o mais próximo possível penetrando a zona urbana utilizando o eixo principal de progressão, apoiando com fogos directos as unidades empenhadas;
- As unidades de reforço participarão no isolamento de sectores da área edificada através de fogos maciços executados a partir das periferias.
A acção dos meios de artilharia na defensiva baseia-se num planeamento detalhado dos fogos destinados a fragmentar os ataques inimigos.
Assim, as barragens de fogos são criadas sucessivamente utilizando as principais linhas de terreno, servindo de referência para a observação. Estas concentrações são executadas recorrendo a todos os lançadores disponíveis excepto o lança foguetes múltiplos que ficam reservados para a contrabateria ou para as acções de cobertura.
Os fogos de artilharia são coordenados com os fogos das outras armas.
As peças dos carros de combate podem eventualmente participar no apoio indirecto até uma distância de 4000 m a 5000 m. Neste âmbito, participam no plano de fogos pré-planeado.
As unidades de artilharia, posicionadas perto da linha de contacto, estão em condições de concentrar os fogos para apoio dos elementos mais avançados, do pontos fortes e das posições defensivas.
Cada bateria dispõe de uma posição de tiro principal e duas a três posições de tiro alternativas (excepto em Zonas Urbanas – ver parágrafo seguinte). As características das posições de tiro são adaptadas ao terreno mas serão privilegiados as elevações de terreno, uma vez que garantem cobertura aos lançadores.
O inimigo em progressão é atacado assim que entra em contacto com os elementos de segurança mais avançados. Os seus escalões de ataque são depois isolados. O primeiro escalão é atacado pela artilharia de apoio próximo (morteiros dos batalhões de infantaria e/ou baterias destacadas). O segundo escalão é atacado pela artilharia de apoio directo (GAC da brigada). A artilharia de acção de conjunto (artilharia divisionária) encarrega-se de atacar os elementos do segundo escalão táctico do adversário.
Nas áreas edificadas, a manobra dos lançadores é estabelecida e imposta pela geografia local. Em todo o caso, o lançador encontra-se camuflado num edifício (hangar, garagem, etc.) e é deslocado para a sua posição de fogo situada a aproximadamente 50 m da sua posição de espera. Regressa à sua posição dissimulada, imediatamente depois de ter disparado. Assim, na zona urbana, não existe posição principal ou secundária durante a manobra de artilharia. As zonas industriais assim como os sectores constituídos por parques e jardins são privilegiadas para posicionamento das unidades de artilharia que encontão naquelas zonas espaço suficiente para as suas evoluções.
Os meios de artilharia do tipo morteiros ou lança foguetes ligeiros (tipo BM 107 sobre reboque) podem ser utilizados para flagelar as forças inimigas.
O modus operandi habitual passa por deslocar um lançador de um calibre inferior ou igual a 120mm sobre uma plataforma dissimulada (pick up coberta com toldo ou camião basculante ou camião com reboque com lona encerada). O lançador desloca-se até uma distância máxima de 4 a 5 km do seu objectivo e executa fogo de flagelação (4 a 6 tiros) em menos de um minuto sobre um objectivo inimigo estático.
Imediatamente depois de ter disparado, a viatura desaparecerá numa zona insegura ao inimigo. A viatura poderá eventualmente ser abandonada.
Esta técnica de flagelação utilizando os meios de fogo da artilharia é implementada pelas unidades das forças especiais ou dos «Defensores da Lei» e terá a sua eficiência máxima nas zonas urbanas e suburbanas.
A coordenação das acções de flagelação é planeada centralizada, mas a execução é descentralizada. O objectivo passa por obrigar o oponente a manter um importante dispositivo de segurança que mobilize muitas tropas e um sentimento de insegurança psicologicamente destabilizador. Admite-se que os efeitos tácticos deste tipo de acção sejam nulos (fraca precisão, reduzido consumo de munições).
Ferramentas políticas, os seus mísseis destinam-se a ser utilizadas como meios de represálias contra aglomerados populacionais e urbanos. Também podem ser utilizados durante operações ofensivas contra objectivos de interesse operacional (zonas logísticas ou nós de comunicações, postos de comando da força terrestre).
As forças armadas GLAISE podem ainda utilizar este tipo de mísseis como flagelação.
Geralmente, utilizam-se cargas convencionais. No entanto, numa situação extrema, a utilização de cargas químicas não pode ser posta de parte.
As brigadas actuam de forma descentralizada por agrupamentos de pelo menos dois lançadores. A referenciação dos objectivos e as ordens de fogo são preparadas ao mais elevado nível militar operacional.
Estas unidades reforçam os grandes comandos operacionais em tempo de crise ou de guerra. Podem actuar de forma independente às ordens do escalão superior à divisão ou completar o poder de fogo desta última. São consideradas o factor chave do êxito na ofensiva. Podem aplicar fogos na profundidade entre 25 a 50 km da linha de contactos.
Estão equipadas com SLFM com um alcance de 70km e têm capacidade para utilizar munições químicas. As unidades de lança foguetes são particularmente vulneráveis, especialmente devido à assinatura óptica originada no momento do disparo. Além disso, não se encontram protegidas (NATO class 2 : sem blindagem e sem protecção NBQ).
Estas brigadas não dispõem de radares de aquisição de armas. No entanto, os meios humanos de observação destacados na profundidade fornecem-lhe uma capacidade de contra-bateria.
Formação em cunha invertida, 2 baterias no primeiro escalão / 1 bateria no segundo escalão.
- Formação em cunha, 1 bateria no primeiro escalão / 2 baterias no segundo escalão;
- Dispositivo linear na defesa de posição.
As baterias adoptam um dispositivo similar. Uma bateria dispõe-se num quadrilátero com 1000m de lado estando cada bateria separada de 2 a 3 km.
As baterias autopropulsadas dispõem de uma maior mobilidade que as rebocadas e as blindadas uma melhor capacidade de sobrevivência, o que lhes permite uma maior estabilidade em posição.
De acordo com a situação táctica e a missão da unidade principal, as unidades rebocadas ocupam entre 3 a 6 posições por 24 horas enquanto que as autporpulsadas ocupam entre 5 a 8 posições por 24 horas.
Os elementos de aquisição e de observação estão sob as ordens do comandante de bateria e são orgânicos desta. São destacados para as unidades apoiadas excepto os meios de aquisição radioeléctricos (tipo RATAC) utilizados de forma centralizada ao nível da unidade principal. Estes elementos destinam-se prioritariamente às aquisições na área de contacto contactos.
A aquisição dos objectivos na profundidade operacional ou táctica é executada por equipas dos pára-comandos ou das forças especiais.
O líder do destacamento de aquisição encontra-se no Posto de Comando do batalhão apoiado. Comanda as suas equipas de observação que estão destacadas no seio das companhias nas áreas de contacto. O número de equipas é igual ao número de unidades em primeiro escalão.
Conscientes das capacidades das forças aéreas ocidentais, as forças GLAISE encaram a defesa antiaérea das suas unidades como prioritária. Por isso, dispõe de numerosos sistemas de armas terra-ar e repartidos por todos os escalões tácticos: divisão, brigada, batalhão.
Trata-se, porém, de sistemas antiquados apesar de terem beneficiado de actualizações técnicas. Asseguram a cobertura das forças a média, a baixa e muito baixa altitude.
A grande altitude é da responsabilidade da Força Aérea (aviação de defesa aérea, radares e mísseis) para a defesa dos pontos sensíveis no território nacional (aglomerações, centros de investigação…) e a defesa das fronteiras em complemento da cobertura aérea. Todas as unidades estão treinadas na luta antiaérea todas as armas (bolas de fogo ou de cortinas de fogo).
Na ofensiva, os meios das divisões são, geralmente, canalizados para a defesa de apoio geral (Posto de Comando, destacamentos logísticos…) enquanto que os meios das brigadas apoiam a acção principal (acompanhamento das unidades, transposições…).
Na defensiva, as divisões e as brigadas atribuem, prioritariamente, as unidades de artilharia antiaérea à defesa dos Postos de Comando, dos armazéns, das unidades logísticas e das infra-estruturas sensíveis (particularmente pontes e entroncamentos).
Assim que o inimigo alcance a superioridade aérea, é provável que o comando GLAISE se abstenha de empenhar a sua aviação por cima do dispositivo das suas forças e confiará a defesa das tropas terrestres à artilharia antiaérea que estará permanente com o grau de controlo das armas de tiro livre.
Na ofensiva ou na defensiva, um, ou mais, agrupamentos independentes de artilharia antiaérea constituídos por vários batalhões pode ser dado em reforço a uma divisão.
Os dois batalhões SA-8 deste agrupamento serão sobretudo utilizados como reforço aos meios orgânicos da divisão. O batalhão 2S6 deste agrupamento reforçará a unidade de primeiro escalão responsável pelo esforço principal da divisão.
Os meios de detecção são pouco numerosos, tendo em conta a quantidade de sistemas em operação. A maior parte deles são de médio alcance (Dog Ear) mas não estão ligados à rede de radares da Força Aérea para a troca de alvos aéreos. No entanto, todas as unidades de artilharia antiaérea abaixo do nível de divisão estão ligadas a uma rede nacional de alerta em fonia. No entanto não existe nenhum sistema de comando e controlo centralizado para assegurar a coordenação integrada dos meios.
Todos os grupos de artilharia antiaérea da divisão utilizam meios de transmissões UHF-VHF com salto de referência que lhes permite trabalhar numa única rede para facilitar a difusão do alerta.
Por outro lado, as unidades destacadas não estão coordenadas entre elas e quando no grão de controlo das arma não for de “TIRO LIVRE” apenas podem reagir em auto-defesa.
Os pelotões de artilharia antiaérea dos batalhões dispõem de uma rede de rádio interna que lhes permite difundir o alerta mas não estão em ligação com os grupos de artilharia antiaérea orgânicos das brigadas e das divisões. Aplicam a indicação de auto-defesa.
As estruturas dos diferentes GAAA são estritamente iguais. Apesar das baterias serem organizadas em pelotões e esquadras, os meios de detecção radar são reduzidos, o que impossibilita qualquer manobra do nível inferior ao da bateria. O esquema táctico tradicional adoptado pelo GAAA é o de formação em cunha invertida com os dois radares de detecção « DOG EAR » em posição central e atrás das duas baterias da frente.
Qualquer movimento ofensivo do GAAA começa pelo movimento da bateria da rectaguarda. Quando o movimento desta bateria está terminado, as duas outras baterias, com cobertura da primeira, ocupam as suas novas posições à frente do dispositivo do grupo. Um dos radares desloca-se com a primeira bateria enquanto que o segundo acompanha as outras duas baterias de base.
Qualquer movimento defensivo do GAAA começa pelo movimento das baterias da frente. Quando o movimento destas baterias estiver terminado, a outra bateria, coberta pelas duas primeiras, ocupa a sua nova posição na retaguarda do dispositivo do grupo. Um dos radares faz o seu movimento ao mesmo tempo que as baterias da frente enquanto que o segundo faz o seu movimento ao mesmo tempo que a bateria da retaguarda.
A doutrina defensiva GLAISE considera que o inimigo terá alcançado a superioridade aérea e utilizará a maior parte dos seus meios aéreos na frente. Os movimentos defensivos do GAAA ao nível da brigada serão atrasados ao máximo para apoiar as unidades em contacto e respeitarão o seguinte esquema: em primeiro lugar, a bateria da rectaguarda sem radar, quando esta tiver ocupado a nova posição, deslocam-se as duas restantes baterias e as secções radar, ocupando o seu lugar no dispositivo. As forças GLAISE consideram que, neste caso, os meios antiaéreos destacados para a frente e os meios divisionários serão suficientes durante o período de tempo necessário para o movimento retrógrado das brigadas.
Os SA6 e os SA11 são utilizados na defesa de zona na retaguarda da divisão de modo a assegurar a defesa de acção de conjunto das unidades em 2º escalão.
As baterias adoptam o dispositivo de cunha invertida (V). A distância entre as baterias varia de 8 a 15 km.
Os dois radares de detecção (DOG EAR) do GAAA encontram-se em posição central e na retaguarda das duas baterias da frente e emitem de forma alternada.
As secções antiaéreas estão dispostas em círculo em redor do Posto de Comando da bateria. A distância entre uma secção e um radar varia de 1000 a 1500 m.
Os GAAA SA9 e SA13 estão organizados em três baterias de oito armas segundo o dispositivo de cunha invertida (V). do GAAA encontram-se em posição central e na retaguarda das duas baterias da frente e emitem de forma alternada. As secções antiaéreas estão dispostas em círculo em redor do Posto de Comando da bateria. A distância entre uma secção e um radar varia de 1000 a 1500 m.
Ficam responsáveis por assegurar a defesa de acção de conjunto de baixa e de muito baixa altitude da zona principal da brigada, na ofensiva e na defensiva.
Estes batalhões estão equipados com 2S6 TOUNGOUSKA / SA19 GRISON e SA8b GECKO. Estes meios estão adaptados à divisão encarregada do esforço.
Normalmente são empregues aos pares. A distância entre as peças varia de 150 a 300 m. A distância entre os pares de 2S6 varia de 500 a 2 000 m.
Na maior parte das vezes, as esquadras de 2S6 são enviadas para a frente e atribuídas aos batalhões em primeiro escalão que exercem o esforço.
Tanto na ofensiva como na defensiva, posicionam-se a menos de 500 m das unidades em primeiro escalão.
Quando atribuídos, os GAAA SA8 ficam responsáveis por assegurar a defesa de acção de conjunto da divisão, incluindo: unidades em 2º escalão, artilharia divisionária, zonas logísticas e Posto de Comando.
O batalhão SA8 encontra-se organizado em três baterias de oito armas segundo o dispositivo de cunha invertida (V). A distância entre baterias varia de 2000 a 8000m.
Quando adaptados, os batalhões SA8 ficam encarregues por assegurar a defesa de conjunto da zona principal da divisão: unidades de segundo escalão, artilharia divisionária, zonas logísticas e Posto de Comando.
O batalhão SA8 encontra-se desdobrado em três baterias de oito lançadores segundo o esquema tipo «cunha invertida». As distâncias entre baterias variam de 2000 a 8000m.
Os dois radares de detecção DOG EAR do batalhão ASA encontram-se no centro e na retaguarda das duas baterias de base e emitem alternadamente.
As peças estão dispostas em círculo em redor do Posto de Comando da bateria. A distância entre uma peça e o radar varia de 1000 a 1500 m.
Todos os batalhões de manobra dispõem de um pelotão com três esquadras de 3 SA16 sobre BTR ou BMP. Estes meios são atribuídos às companhias em primeiro escalão (à volta dos Postos de Comando de companhia) ou mantidos sob controlo do batalhão, garantido protecção ao seu Posto de Comando ou aos seus apoios.
Todos os GAC e batalhões de engenharia possuem um pelotão SA-14 com 3 esquadras. Estes meios são empregues na sua autodefesa e na protecção de certos meios específicos (pontos de transposição, meios de aprovisionamento, etc.).
Cada PC de Divisão e Brigada (Principal, Alternativo, Logístico) é protegido por uma esquadra SA-7.
Na maior parte das vezes, estes meios são deslocados para a frente do dispositivo e são empregues tanto no tiro antiaéreo como no tiro de terrestre no apoio ao primeiro escalão. O ZU23-4 tem capacidade para acompanhar as unidades blindadas e mecanizadas.
Os principais factores que influenciam o emprego e o equipamento da engenharia das forças armadas GLAISE são:
- As forças armadas GLAISE combatem prioritariamente no seu território, beneficiando do conhecimento e do domínio do terreno. É possível ocorrer uma projecção de forças fora das suas fronteiras, mas limitada aos países vizinhos ;
- Não existe capacidade para coordenar acções a um nível superior a 3 ou 4 divisões.
As forças armadas de GLAISE empregam os seus meios de engenharia no apoio às operações ofensivas de acordo com os seguintes princípios:
- Destacamento de unidades da brigada em apoio dos batalhões da frente;
- Constituição de uma reserva de meios de engenharia ao nível de divisão com capacidade de apoiar uma nova acção para fazer face a imprevistos;
- Apoio à mobilidade, com um esforço especial na transposição das zonas difíceis: pântanos, zonas montanhosas, etc. A doutrina GLAISE privilegia a utilização destes terrenos tendo em vista surpreender o inimigo numa direcção onde este está a efectuar economia de esforços;
- Lançamento de campos de minas e de obstáculos tendo em vista contraataques.
As forças armadas de GLAISE empregam os seus meios de engenharia no apoio às operações defensivas de acordo com os seguintes princípios:
- Emprego centralizado do batalhão divisionário de modo a tirar vantagem do facto de combater no seu território;
- Lançamento de campos de minas e montagem de obstáculos, construção de posições para carro de combate desenfiadas (posição de espera) e de casco desenfiado (posição de tiro);
- Autonomia das divisões na sua zona de acção, particularmente nas áreas de estacionamento;
- Manutenção da capacidade de apoio aos contra-ataques (transposição de cursos de água, abertura de brechas, etc.) ao nível da divisão ;
- Flagelação em ambiente difícil através da colocação de minas e de obstáculos.
- Utilização prioritária das forças ideológicas no interior das grandes cidades (sobretudo a capital). Estas forças organizam a área urbanizada aproveitando, ao máximo, todas as vantagens que esta oferece: preparação de itinerários de retirada por vezes subterrâneos, abertura de passagens através das paredes dos prédios, preparação de armadilhas e destruições empregando cargas enterradas, interdição de zonas de aterragem para helicópteros;
- As unidades de engenharia são destacadas para os batalhões responsáveis por sectores, garantindo a sua autonomia;
- Todas as unidades de infantaria dispõem de uma capacidade de lançamento de minas (anti-pessoais e anti-carro);
- Os pára-comandos e as forças especiais têm a capacidade para interditar as redes subterrâneas e para preparar armadilhas à base de engenhos explosivos improvisados (IED);
- Os meios das obras públicas (gruas, bulldozers, …) recolhidos em empresas civis são utilizados na organização da cidade e na criação de obstáculos.
Geralmente, a engenharia GLAISE constrói as faixas minadas à base de cacho de minas. No entanto, em caso de emergência poderá não proteger as minas anti-carro. As suas linhas são homogéneas.
Geralmente, os campos de minas são homogéneos. A engenharia de GLAISE utiliza regularmente a dissimulação.
No seguimento de um antigo programa químico, as forças GLAISE dispõem de um stock de munições químicas à base de vesicantes, de tóxicos sanguinos e de neurotóxicos (sarin, tabun e VX). Este stock é conhecido e é periodicamente controlado pela Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ - Organization for the Prohibition of Chemical Weapons). As munições estão armazenadas em condições relativamente boas (hangares climatizados). O país tem igualmente uma indústria química duplo uso (investigação e fabricação de pesticidas, fosgénio para uso civil…). Dispõe ainda possibilidades de sintetizar os precursores necessários para o fabrico dos agentes químicos. GLAISE poderia de forma bastante simples retomar a sua produção de agentes tóxicos (essencialmente neurotóxicos) completando assim os stocks existentes.
Da mesma forma, existe um antigo programa biológico com estudos avançados relativamente a certos produtos (varíola, antrax, botulismo, micotoxinas…). Supõe-se que GLAISE conseguiu produzir algumas munições.
Existe um programa nuclear civil com centrais de produção de energia e centros de investigação. Apesar da vigilância da AIEA, neste momento, a força parece estar a tentar dotar-se da arma nuclear, apesar de ser signatário do tratado de nãoproliferação nuclear.
Apesar destas ratificações, as forças armadas GLAISE poderiam utilizar as suas munições químicas e/ou biológicas no âmbito de uma dissuasão «do fraco ao forte».
O emprego de uma arma não-convencional teria então um significado político forte a partir do momento em que os interesses vitais do país estão em causa.
A doutrina GLAISE de resistência do «fraco ao forte» implica a possibilidade de emprego de armas químicas aquando de uma defesa de posição com:
- Produtos persistentes em apoio à contra-mobilidade e à cobertura dos flancos;
- Produtos não persistentes para criar condições favoráveis à execução de um contra-ataque.
O emprego de mísseis (químicos ou biológicos) ou de foguetes (químicos) poder-seia fazer nas zonas logísticas (itinerários de reabastecimento, fluxos de refugiados, etc.) ou contra um país terceiro (represálias, dissuasão).
As forças armadas GLAISE tem capacidade para combater num ambiente contaminado.
A defesa NBQ das forças GLAISE centra-se na protecção individual. As unidades de reconhecimento e de descontaminação são pouco numerosas. De facto, as forças GLAISE estimam que a ameaça NBQ é fraca. Pelo contrário, elas consideram poder atravessar uma zona contaminada.
Os meios de reconhecimento e de descontaminação estão pouco desenvolvidos.
Correspondem a uma ameaça NBQ inimiga avaliada como fraca. Pelo contrário, as forças terrestres GLAISE têm os meios de poder manobrar numa zona que teriam previamente contaminado assim como os meios de poder descontaminar os seus materiais.
Missões:
- Localizar e balizar de forma sumária as áreas contaminadas;
- Balizar uma passagem descontaminada numa zona contaminada.
- Descontaminar os materiais;
- Assegurar a recuperação do pessoal contaminado;
- Descontaminar parte de um itinerário.
As forças armadas GLAISE declararam um stock inicial de perto de 600 toneladas de munições químicas repartidas por 4 locais de armazenamento. Até agora, foi destruída uma centena de toneladas:
- Obus (155mm): gás mostarda (essencialmente), sarin, VX;
- Foguetes: sarin, VX;
- Bombas (250kg): sarin, VX;
- Depósitos de pulverização: gás mostarda, VX ( ?);
- Mísseis: VX, bio (?).
Deve ser tomada em consideração a utilização de meios improvisados (helicóptero ou avião de pulverização agrícola, etc.).
Operações não-convencionais na defensiva: é previsível o emprego de tácticas de guerrilha na retaguarda de um eventual agressor, tais como, a destruição de infra-estruturas industriais e de meios de transporte (camião cisterna) para dificultar a manobra do agressor. A partir do momento em que a arma química foi utilizada, a utilização de armadilhas a partir de munições ou de barris químicos para criar um clima de insegurança deve ser levada em consideração (o emprego de produtos não persistentes poderá ser utilizada no interior de edificíos).
Uma companhia mista (reconhecimento e descontaminação) composta por dois pelotões de reconhecimento, cada um equipado com 3 BRDM e 2 RKH. e 2 pelotões de descontaminação, cada um equipado com 4 ARS 14 e um chuveiro de campanha.
Um pelotão de descontaminação equipado com 4 ARS 14 e um chuveiro de campanha.
Cada soldado das forças terrestres está equipado com uma máscara de gás (de fabrico nacional), uma farda l de protecção impermeável descartável e um estojo de protecção individual que inclui papel de detecção de agentes químicos. Todo este material é transportado numa bolsa de transporte.
Cada viatura está equipada com meios de descontaminação imediata. Trata-se de uma variação local do kit de descontaminação DK4 (ex-USSR), que utiliza a pressão dos gases de escape para pulverizar uma solução de hipoclorito. (10 litros)
As forças armadas GLAISE encontram-se equipadas com o equipamento ARS14 de origem soviética. Por vezes, podemos encontrar alguns equipamentos improvisados nos quais este sistema de descontaminação é montado sobre chassis não convencionais (ZIL 131). O sistema é operado por uma equipa de 2 homens, tem um peso total de 10T e pode transportar 2500l de solução. Para além disso, tem capacidade para ficar pronto a funcionar em 10 minutos e pode descontaminar (com diferentes tipos de solução), no modo autónomo, até 3 carros de combate sem ser reabastecido. Este sistema equipa os pelotões de descontaminação das forças armadas GLAISE.
As forças armadas GLAISE dispõem de um sistema de descontaminação do pessoal com uma capacidade de descontaminação de 100 homens/hora.
As forças armadas GLAISE dispõem de um detector de origem soviética, o VPKHR. Este equipamento foi melhorado de forma a que a bomba também possa utilizar os tubos de teste de colorimetria Draeger. Estes tubos permitem a detecção do conjunto de agentes tóxicos militares e dos tóxicos industriais. Estes kits podem ser encontrados até ao nível da companhia.
As forças armadas GLAISE estão equipadas com detectores de diversas origens. Estes detectores podem ser encontrados até ao nível da companhia.
A viatura de base é o BRDM2 RKH melhorado relativamente à viatura soviética (modernização dos detectores). Podemos também encontrar um detector automático de agentes químicos funcionando por ionização no caso dos neurotóxicos e com a ajuda de tubos indicadores no caso dos vesicantes em vez do GSP-11 de origem.
A Aviação Ligeira das Forças Terrestres (ALFT) dispõe de helicópteros de concepção dos anos 70, mais ou menos em bom estado de conservação. Apesar das dificuldades de fornecimento de certos sobressalentes, consegue manter uma operacionalidade média de 50% que pode ser aumentada num período de crise de duração limitada (um mês).
No entanto, não pôde dotar-se dos equipamentos de última geração (visão infravermelha, mísseis «fire and forget», etc.).
Por outro lado, as suas tripulações dispõem de binóculos de visão nocturna permitindo-lhes efectuar deslocamentos tácticos à noite a muito baixa altitude. Estas tripulações estão bem treinadas e possuem uma excelente experiência operacional.
Além disso, estão treinadas para qualquer ambiente (deserto, montanha, etc.) e para qualquer tipo de voo e têm um excelente conhecimento do território nacional, o que lhes confere uma vantagem em caso de invasão inimiga.
- Os pontos fracos da ALFT nas áreas da C3I (ausência de sistema de comando próprio e adaptado do tipo Posto de Comando aeromóvel) impedem que se leve a cabo um combate aeromóvel com uma envergadura superior ao nível de agrupamento de aviação (batalhão reforçado);
- A ausência de sistemas de observação ou de tiro nocturnos (câmara de infravermelhos) torna-a inapta no combate nocturno ou com más condições climatéricas.
- A grande capacidade de carga da divisão permite-lhe helitransportar até ao volume de uma brigada aerotransportada (1200 homens) em 3 levas numa distância de 100km num prazo de 5 horas;
- Pode levar a cabo, de maneira autónoma, ataques ao nível de agrupamento de aviação, até 70 kms na profundidade apoiando-se na instalação de FARP (de nível 2 ou 3).
Em tempo de crise, o Estado-Maior operacional (EMO) faz deslocar os Grupos de Aviação (GAL) para os sectores operacionais mais vulneráveis. Os Estado-Maiores dos sectores operacionais têm então a possibilidade de destacar a totalidade ou parte de um GAL para junto de uma divisão ou mantê-lo sob controlo centralizado. No entanto, o EMO poderá manter meios para as acções da divisão dos páracomandos ou das forças especiais.
Desde o tempo de crise, as brigadas são reorganizadas em grupos de aviação (GAL), cada um deles contendo meios dos três tipos de unidade (transporte pesado, transporte táctico/assalto pelo ar e ataque).
De acordo com a missão, os meios dos batalhões podem ser total ou parcialmente reorganizados para constituir agrupamento orientados para as missões de ataque, apoio de fogos, assalto aéreo ou o apoio ao movimento.
Os agrupamentos da ALFT podem ser:
- Mantidos sob controlo centralizado do escalão superior (divisão, GAL);
- Atribuídos sob controlo descentralizado a uma unidade.
Para a integração dos movimentos de helicópteros com as outras operações aéreas, e uma vez que as forças armadas GLAISE são pobres em meios C3I, é indispensável um planeamento muito restrito sobre a atribuição dos volumes aéreos (no espaço e no tempo). O que restringe, significativamente, a capacidade da ALFT de conduzir acções inopinadas ou com avisos prévios muito curtos.
Desta forma, é necessário estabelecer previamente as prioridades de atribuição de apoio de helicópteros e medidas de coordenação com os outros utilizadores do espaço aéreo, nomeadamente com a artilharia.
A ALFT actua principalmente em prol das grandes unidades de primeiro escalão através do fornecimento de Informações sobre a viabilidade dos itinerários e dos contornos do dispositivo inimigo, através do empenhamento dos:
- Helicópteros do batalhão de reconhecimento orgânico da divisão da ALFT (Informações operacionais);
- Helicópteros de ataque no quadro de um reconhecimento armado e/ou dos helicópteros de observação (OH58) de um GAL (Informações tácticas).
Desde a linha de partida, o GAL pode participar no apoio às unidades terrestres.
Os objectivos serão principalmente os pontos críticos que podem atrasar a progressão das unidades de primeiro escalão.
À medida que a força progride, o agrupamento é principalmente empenhado para contrariar as eventuais reacções ofensivas do inimigo. No entanto, tem apenas capacidade para intervir no segundo escalão táctico do adversário e numa profundidade limitada (70 km em golpe de mão autónomo). Aquando de contra-ataques ou de golpes de mão terrestres, o agrupamento pode ser mantido, como força de reacção, responsável pelas missões de guarda de flanco.
Geralmente, os helicópteros de transporte pesado (tipo CH47 ou CH53) dedicam-se à manobra logística, mas podem participar numa operação de helicópteros de grande envergadura ou numa operação especial.
No âmbito de uma operação aerotransportada (conquista de um ponto importante, reforço de um dispositivo), os helicópteros de manobra são escoltados por helicópteros de ataque responsáveis segurança das aeronaves e pelo apoio aéreo próximo durante o desembarque e instalação das tropas no terreno.
A postura predominantemente estática da manobra defensiva e a fraca reactividade originada pelos prazos de coordenação com a artilharia impõem um planeamento prévio das missões de apoio dos fogos e/ou de movimento. Neste âmbito, a divisão conservará a centralização do emprego dos GAL ou dos agrupamentos. A combinação com as tropas terrestres é pouco viável.
Será utilizada essencialmente para:
- Restabelecer a superioridade numa zona ameaçada;
- Executar um golpe de mão sobre um segundo escalão táctico.
Numa acção de defesa móvel, a ALFT é empregue essencialmente reserva destinada a intervir para cobrir um flanco ou para auxiliar o desempenhamento de uma unidade terrestre.
Considerando as restrições de espaço e a predominância de fases estáticas, as unidades da ALFT são preferencialmente empregues para participar no isolamento dos sectores da área urbana através de apoio aéreo próximo executado da partir da periferia ou na condução de operações aerotransportadas.
Podem apoiar as unidades de infantaria ou mecanizadas em zona urbana especialmente nos principais eixos de progressão do inimigo através de fogos directos mas apenas quando as Informações sobre objectivos são precisas, sendo necessária uma perfeita coordenação com os elementos apoiados.
Os meios ALFT podem ser utilizados para transportar por helicóptero as tropas encarregadas pelas acções de flagelação das forças adversas de preferência à noite.
Os meios ALFT intervêm prioritariamente em proveito dos «Defensores da Lei», das unidades pára-comando ou das forças especiais. Colocados directamente sob TACON, o seu volume pode ser reduzido a alguns CH, eventualmente escoltados por helicópteros de ataque, numa acção do tipo golpe de mão “comando” na rectaguarda do inimigo.
As forças GLAISE possuem sistemas de comunicação relativamente operacionais e eficazes contra as ameaças das potências militares ocidentais. Estes sistemas de comunicação, apesar de baseados em tecnologias muitas vezes ultrapassadas, existem em todos os níveis de comando.
- O sistema de transmissões de GLAISE permite a interoperabilidade entre os três ramos e autoriza as acções coordenadas ao nível estratégico e ao nível operacional;
- Os meios de comunicação permitem transmitir e receber ordens em todos os pontos do território;
- O sistema de comando encontra-se concebido para permanecer operacional face aos ataques contra os Postos de Comando ou contra as acções de guerra electrónica. No entanto, GLAISE não tem capacidades para accionar os sistemas de Informação do tipo SIC-E ou SIC-T;
- O nível táctico não possui sistemas de Informação;
- GLAISE não utiliza meios «satélite» nas suas estruturas convencionais. Pelo contrário, no âmbito dos seus destacamentos iniciais, a utilização discreta dos telefones GSM é levada em consideração em todos os níveis. Além disso, o nível táctico apoia-se nos sistemas de comunicação à base de redes rádio utilizando toda uma gama de frequências desde a HF à UHF. Estes utilizam tanto as tecnologias de evasão de frequências e de cifra de tecnologia antiga;
- A rede de comunicações no território é densa, protegida e em princípio fiável. Assim, na maior parte das situações, as unidades empenhadas privilegiam a rede de comunicações nacional para se prevenir da guerra electrónica inimiga. No entanto, os Postos de Comando têm a capacidade para comandar a operação sem estar ligados a estes meios, mantendo a capacidade para controlar os movimentos da divisão. Para além disso, o Posto de Comando Táctico pode deslocar-se para a frente e comandar uma operação com os meios de comunicação de curta distância. GLAISE não dispõe de meios de comunicação que lhes permitam operar longe do seu território. Apesar de tudo, existem sistemas tácticos de comunicação, com recurso a retransmissores, que permitem ligações VHF de 40 km ou mais, que permitem o apoio à projecção de unidades fora do território nacional.
As forças terrestres das forças armadas regulares apoiam-se:
- Nas redes rádio móveis tácticas que funcionam numa base de Emissor/Receptor das gamas HF/VHF/UHF (pequena, media e grande potência) montadas em viaturas (tipo GAZ 66, OURAL 4320) ou blindados do tipo (BMP1/2 e BTR 70) que podem ser encontrados em todas as unidades e estados-maiores;
- Nas redes civis de telefonia fixa (banda média voz e dados) e móvel, bem como na rede militar (filar) que constitui uma rede muito densa cobrindo todo o território. Estas redes são muito úteis em caso de destruição das capacidades C3I;
- Nos estafetas que se deslocam de moto e de viatura ligeira e podem ser empregues por todos os escalões, permitindo a transmissão de ordens, mesmo quando ocorrerem destruições das infra-estruturas militares e civis.
O Batalhão de Transmissões de divisão dispõe de duas companhias de exploração e uma companhia rádio.
Os meios disponíveis nas companhias permite aos dois Postos de Comando da divisão assegurar as suas ligações para cima, para baixo e para os lados.
As Companhias de Exploração têm a responsabilidade pôr a funcionar os Postos de Comando da Frente e da Retaguarda, dispondo cada uma delas de:
- Um pelotão de ligação à rede de fixa;
- Um pelotão de comutação;
- Um pelotão de terminais (Fax, telefone, equipamento de transferência de dados;
- Um pelotão de estafetas moto.
A Companhia Rádio está equipada com:
- Um pelotão rádio (meios HF/VHF/UHF) em apoio das companhias de exploração;
- Um pelotão Posto de Comando Táctico (meios HF/VHF/UHF);
- Um pelotão retransmissor (20 retransmissores VHF);
- Um pelotão de ligação encarregado da coordenação com outras divisões, com os elementos orgânicos da divisão e com as unidades de reforço (Apoios).
O Batalhão de Transmissões da divisão pára-comando ou da divisão das forças especiais dispõe de:
Uma Companhia de Exploração com a responsabilidade de pôr em funcionamento o Posto de Comando responsável pela operação e inclui:
- Um pelotão rádio (meios HF/VHF/UHF);
- Um pelotão de ligação à rede fixa;
- Um pelotão de terminais e de comutação;
- Um pelotão de retransmissores (9 retransmissores VHF);
- Um pelotão de ligação para apoio a outras brigadas e unidades de reforço (Apoios).
Três pelotões de Posto de Comando Táctico (acções descentralizadas) cada um com:
- Uma esquadra rádio (meios HF/VHF/UHF);
- Uma esquadra de ligação à rede de comunicações fixas;
- Uma esquadra de terminais e comutação (FAX, telefone, Computador para Transferência de Dados).
A companhia de transmissões da brigada blindada/mecanizada/motorizada compreende:
- Dois pelotões de exploração destinados aos Postos de Comando da Frente e da Retaguarda. Cada um destes pelotões dispõe de uma esquadra de ligação à rede fixa, de uma esquadra de comutação e de uma esquadra de terminal (FAX, telefone, Computador para Transferência de Dados);
- Um pelotão rádio com 2 esquadras rádio (meios HF/VHF/UHF) ao serviço das companhias de exploração;
- Um pelotão rádio com uma esquadra de Posto de Comando Táctico (meios HF/VHF/UHF), de uma esquadra de retransmissores (5 retransmissores VHF), um grupo de ligação em apoio a outras brigadas e unidades de reforço (apoios);
- Uma esquadra de estafetas moto.
O pelotão de Transmissões da brigada de infantaria da marinha dispõe de:
- Duas esquadras rádio dispondo cada uma de uma estação HF/2VHF /UHF com capacidade retransmissora e de capacidade Posto de Comando Táctico;
- Uma esquadra de ligação à rede fixa (incluindo à rede telefónica filar);
- Uma esquadra de estafetas moto.
Estes meios permitem-lhe constituir um Posto de Comando principal e um Posto de Comando Táctico.
A Companhia de Transmissões da brigada aerotransportada independente dispõe dos seguintes meios:
- Um pelotão de exploração com a responsabilidade de pôr em funcionamento o Posto de Comando responsável pela operação e inclui:
* Uma esquadra rádio (meios HF/VHF/UHF);
* Uma esquadra de ligação para apoio a outras brigadas e unidades de reforço (Apoios);
* Uma esquadra de comutação;
* Uma esquadra de terminal (FAX, telefone, Computador de Transferência de Dados);
* Uma esquadra de ligação à rede fixa.
- Dois pelotões de Posto de Comando Táctico (ao serviço dos 6 batalhões) dispondo cada um de 3 grupos rádio (meios HF/VHF/UHF);
- Um pelotão de estafeta moto.
O pelotão de Transmissões dispõe de:
- Uma esquadra rádio dispondo de uma estação HF/2VHF (HF FQ fixa e VHF desprotegido);
- Uma esquadra de ligação à rede fixa;
- Uma esquadra de estafetas.
O pelotão de Transmissões dispõe de:
- Uma secção de exploração com a responsabilidade de operar 1 Posto de Comando de nível batalhão. Esta secção incluí uma equipa rádio (HF/VHF/UHF) e uma equipa responsável por estabelecer a ligação com a infra-estrutura de comunicações;
- Uma secção de terminal (fax, telefone e dados);
- Quatro secções PC Tact, caca uma composta por uma equipa rádio (HF, VHF e UHF) e uma equipa responsável por estabelecer a ligação com a infra-estrutura de comunicações;
- Uma esquadra de estafetas.
Para as forças armadas GLAISE, a guerra electrónica pode contribuir directa ou indirectamente para a neutralização dos meios adversários (contra-medidas electrónicas - CME).
As forças armadas GLAISE não estão equipadas com meios de nível estratégico.
No domínio da Vigilância Electrónica, as forças armadas GLAISE dispõem de uma capacidade significativa de intercepção, de análise e de localização, tanto para as emissões rádio como para as emissões GSM e radar. Esta componente de vigilância electromagnética caracteriza-se pela existência de 2 pelotões de intercepção e de radiogoniometria na composição da companhia de GE de cada uma das divisões blindadas, mecanizadas e motorizadas, assim como na divisão pára-comando (esta última sendo composta por Equipas Ligeiras de Guerra Electrónica). Estas unidades actuam tanto na profundidade táctica como operacional. Nesse sentido, estão equipadas com meios com capacidade de localização, intercepção e empastelamento no âmbito das FH (ligações de longa distância), VHF (táctico), HF (onda de solo) e radar, mas não dispõem de meios de intercepção satélite de proximidade.
O empastelamento acompanhado de tentativas de intrusão é a modalidade de acção privilegiada ao nível táctico. A intercepção através de estações de escuta é dirigida a todos os tipos de transmissões que utilizam o espectro electromagnético.
Por último, a GE tem capacidade para empastelar GPS, o que é particularmente sensível em caso de ataque de uma força ocidental tendo em conta que muitos dos seus equipamentos se baseiam nos satélites.
Esta componente de Informações ainda está em fase de experimentação, encontrando-se ligada à força aérea, no seio de um dos dois esquadrões de reconhecimento e sob a forma de um pelotão de veículos aéreos não tripulados (UAV). Este pelotão está equipado com dois sistemas completos (lancamento – estação terrestre – análise) mas a formação do pessoal não está terminada o que limita o seu emprego. O alcance actual UAV está limitado aos 40 km.
Os estudos sobre o emprego dos UAV prosseguem nomeadamente no âmbito do seu empenhamento em áreas urbanas. Estes meios podem ser destacados em proveito das forças terrestres.
A componente HUMINT está disseminada dentro das grandes unidades.
Cada divisão blindada, mecanizada ou motorizada possui na sua orgânica uma companhia de Informações militares. Estas companhias subdividem-se em 2 componentes especializadas:
- Contra-intrusão e interrogatório de prisioneiros de guerra;
- Recolha de informação através de conversas informais com a população.
Por outro lado, cada brigada possui organicamente um pelotão de Informações que dá a estas brigadas a capacidade de obter as indispensáveis Informações tácticas imediata.
Por último, cada brigada da divisão pára-comando (DCP) possui um batalhão de Informações. Este batalhão de Informações permite:
- Conduzir missões de Informações de nível operacional e estratégico em proveito do Estado-Maior Operacional (EMO) através de acções de reconhecimento discretas na profundidade (infiltração de patrulhas);
- Conduzir reconhecimentos em proveito de toda ou de parte da divisão dos tendo em vista o seu empenhamento;
- Reforçar uma das divisões da força terrestre com a capacidade de obtenção de Informações na profundidade táctica.
A projecção destes batalhões de Informações é prioritariamente feita através de meios aéreos. No entanto, os batalhões também são treinados para ser empregues através de uma infiltração em viatura de combate ligeira ou com recurso a motociclos. Os indivíduos que integram estas unidades são criteriosamente seleccionados de entre os melhores dos outros batalhões da divisão de CDP e recebem um treino específico.
O exército GLAISE apoia-se fortemente nos seus recursos naturais (petrolíferos, etc.) e industriais do seu país. A mobilização do potencial civil: energia, infra-estruturas e dos equipamento; em proveito das forças encontra-se perfeitamente integrada nas suas modalidades de acção. Graças ao apoio da população, o exército pode duplicar as suas capacidades logísticas (transporte, reabastecimento), com recurso ao sector civil.
A logística do exército GLAISE organiza-se de forma eficaz e pragmática, compensando o baixo nível da capacidade de manutenção através da atribuição de prioridades aos equipamentos mais sofisticados (carros de combate T72, radares terra-ar, etc.).
Tanto em tempo de paz como em tempo de guerra cabe o Alto Comando da Logística (ACL), integrado no EMFA, conceber planear e coordenar o apoio logístico das forças terrestres. O ACL organiza a mobilização dos meios civis e delega até ao nível de batalhão a requisição dos meios necessários para o cumprimento da missão. Além disso, determina as prioridades de apoio entre as forças terrestres e as forças ideológicas.
Estas últimas, sendo os pilares da segurança interna do Estado, poderão dispor da prioridade do ACL e, desta forma, utilizar as infra-estruturas e os armazéns do exército regular em seu proveito.
Em tempo de paz, a logística é centralizada e gerida a nível nacional pelo Alto Comando da Logística que inclui cinco direcções:
- Direcção central dos equipamentos e das munições;
- Direcção dos combustíveis;
- Direcção dos transportes;
- Direcção de Engenharia.
Cada direcção tem as suas correspondentes no nível regional, existindo cinco direcções regionais.
Em tempo de guerra, as cinco direcções centrais reforçam a repartição logística do Estado-Maior Operacional (EMO) cujo núcleo duro provém do ACL do EMFA. Da mesma forma, as repartições logísticas dos Estados-Maiores dos sectores operacionais são reforçadas através das várias direcções regionais.
A repartição logística do EMO tem autoridade sobre as repartições logísticas dos EM dos sectores operacionais que asseguram a gestão dos armazéns em cada um dos sectores.
O EMO pode atribuir determinados meios de apoio das forças terrestres às forças ideológicas se a operação assim o exigir.
Devido à ausência de elementos orgânicos ao nível do corpo, o essencial da logística operacional encontra-se concentrada ao nível da divisão.
A divisão dispõe de todos os serviços logísticos e controla os seus depósitos de equipamento. Em cada divisão existe um batalhão de reabastecimento e transportes e um batalhão de manutenção. Em cada nível da divisão a dotação orgânica não excede os 3 dias de combate.
1 Dia de combate = 1 Unidade de Fogos + 1 Unidade de Combustíveis + 1
Unidade de Alimentação = 6 days de combate
A organização logística das forças terrestres dá-lhes capacidade para efectuar todas as missões de tempo de paz e para participar nas missões de segurança interna do país.
A organização logística das forças terrestres assegura o transporte e o apoio das suas grandes unidades em qualquer ponto do país tanto em tempo de paz como em campanha. Provavelmente não têm capacidade para movimentar mais de 3 ou 4 divisões (das quais 2 são pesadas) em simultâneo.
Qualquer operação ofensiva fora de fronteiras necessitaria da criação de uma grande unidade logística (de nível da divisão ou da brigada) para cada sector operacional empenhado (ou cada comando operacional constituído).
Devido à sua organização centralizada, seria muito difícil para GLAISE continuar a assegurar as suas missões se for alvo de uma campanha aérea maciça durante vários meses. A ruptura dos itinerários de reabastecimento impediria o apoio das unidades operacionais a partir dos armazéns de infra-estruturas e obrigá-las-ia a viver com as suas dotações iniciais.
Os stocks de abastecimentos disponíveis em permanência e o seu bom posicionamento geográfico, estando a maior parte dos depósitos localizada próxima das grandes vias de comunicação.
A capacidade de produção e de refinação de petróleo do país, permitindo manter reservas consideráveis (no mínimo 250 dias de fornecimento para as forças armadas).
A indústria de armamento, que actualmente dispõe de capacidade para produzir todos os tipos de munições convencionais necessárias às forças terrestres (das munições de pequeno calibre aos obuses e aos foguetes terra-terra de longo alcance).
Os stocks de sobressalentes é muito variável em quantidade e qualidade, dependendo da proveniência dos materiais;
Os meios de manutenção e de reparação são muito limitados, permitindo apenas para assegurar a manutenção dos materiais em tempo de paz;
O número de viaturas dedicado ao reabastecimento apenas tem capacidade para abastecer as forças terrestres.
Recentemente o país decidiu recorrer aos mercados de armamento mundiais para satisfazer as necessidades das suas forças. Desta forma, adquiriu 1 500 mísseis anticarro TOW junto dos Estados Unidos, assim como munições e peças de substituição.
Foram comprados T-72 à Rússia. Israel forneceu uma centena de viaturas de combate de infantaria (VCI), 500 mísseis anticarro TOW assim como RPG 7 e produtos químicos para os SCUD e para os FROG.
Em teoria e por estrada, as forças terrestres podem deslocar simultaneamente um volume de grandes unidades equivalente a 1 ou 2 divisões blindadas (ou mecanizadas) e uma brigada blindada (ou mecanizada).
Os caminhos-de-ferro também podem ser utilizados para transportar os blindados.
Poder-se-ia transportar uma divisão pesada através dos caminhos-de-ferro.
O transporte aéreo das unidades de infantaria não pára-quedistas (sem os seus materiais pesados) com recurso a aviões militares (HERCULES C 130) ou civis (Boeing 747 ou Airbus da companhia aérea nacional) é possível. As capacidades de transporte e de desembarque das forças navais são limitadas.
O país dispõe de uma rede viária de mais de 240.000 quilómetros (dos quais 83.000 são auto-estrada e 50.000 são estradas nacionais).
As forças terrestres podem requisitar uma parte do parque civil. Enquanto as forças terrestres regulares dispõem de um número de viaturas pesadas suficiente para as suas necessidades, o corpo dos Defensores da Lei recorre à requisição para o deslocamento das suas grandes unidades. Em tempo de paz, as companhias de transporte de brigada pertencem ao batalhão divisionário.
GLAISE dispõe de cerca de 1 000 equipamentos pesados de transporte de origem alemã que garantem cerca de 80% de prontidão às suas unidades. Estes equipamentos estão reagrupados dentro dos batalhões de transporte. Os quadros seguintes apresentam uma estimativa de necessidades de plataformas para o transporte das grandes unidades de GLAISE.
O país dispõe de uma moderna rede de caminhos-de-ferro com mais de 7 000 quilómetros. A compra de locomotivas de origem alemã e os trabalhos de modernização permitiram um desenvolvimento dos transportes ferroviários.
Os materiais ferroviários encontram-se em bom estado de manutenção. Existem mais de 200 locomotivas diesel-eléctricas (disponíveis a 90%), 800 carruagens para passageiros, 25 000 vagões plataformas para mercadorias e 500 vagões plataformas (incluindo as plataformas para carros-de-combate).
Os caminhos-de-ferro são utilizados pelas forças terrestres para o transporte de materiais pesados (carros-de-combate, blindados, peças de artilharia) e das viaturas.
As grandes estações dispõem de quais de descarregamento. Os quadros seguintes apresentam uma estimativa de necessidades de plataformas ferroviárias para o transporte das grandes unidades de GLAISE.
A força aérea dispõe de uma importante frota de transporte militar com perto de uma centena de aeronaves de asa fixa, às quais há a acrescentar cem helicópteros de transporte pesado das forças terrestres e os aviões da companhia aérea nacional:
Avalia-se que a força aérea de GLAISE tenha a capacidade de aerotransportar no interior do país de uma a duas brigadas de infantaria numa única rotação.
O número de aviões de carga tácticos C-130 disponíveis em permanência na força aérea regular permite que seja largado, no máximo, um batalhão de pára-comandos ou das forças especiais.
5 C-130 HERCULES são suficientes para aerotransportar um batalhão de infantaria sem as suas viaturas e as suas armas pesadas (2 B-747 e 1 IL-76 podem transportar 1 batalhão com as suas viaturas de apoio). Os meios de transporte aéreo militar são por vezes utilizados para ligações rotineiras, tanto pelas forças terrestres como pelo corpo dos Defensores da Lei.
O país dispõe de uma força anfíbia consequente (com uma tonelagem de aproximadamente 29 000 toneladas), à qual há a acrescentar algumas centenas de lanchas e de embarcações ligeiras, podendo transportar um pequeno grupo de combatentes para além do seu equipamento. A marinha mercante também pode ser chamada para contribuir aquando das operações anfíbias.
A Marinha tem a capacidade de transportar o equivalente a uma brigada de infantaria de marinha, reforçada por um batalhão blindado ou mecanizado.
A organização do reabastecimento de GLAISE permite-lhe assegurar o apoio das tropas que se encontram a operar no interior do país. Já o apoio a uma operação no exterior das fronteiras poder-se-ia revelar problemático.
A cadeia de reabastecimento em tempo de guerra está organizada da seguinte forma:
A repartição da logística assegura a entrega dos abastecimentos nos sectores operacionais de divisão a partir da infra-estrutura de depósitos, garantindo o nível de dias de combate.
Ao nível da divisão os batalhões de transporte divisionários asseguram o transporte de abastecimentos entre os depósitos de sector operacional e os depósitos de campanha da divisão, assegurando a manutenção do nível de 3 DC.
Estes batalhões de transporte são ainda responsáveis por assegurar o reabastecimento às brigadas.
A companhia de transporte de brigada encontra-se dotada de 1 DC armazenado nas suas viaturas. Reabastece os batalhões a pedido regressando depois à zona divisionária para ser ela própria reabastecida. Não há depósitos na área da brigada.
Em função do tipo de operação (ofensiva ou defensiva) e das distâncias entre a zona dos depósitos de infra-estrutura conjuntos (ZDIC) e a zona dos depósitos de campanha divisionária (ZDCD) ou da urgência, as entregas podem ser encaminhadas por estrada, por caminho-de-ferro ou por via aérea directamente para a ZDC.
Cada divisão das forças terrestres regulares dispõe de aproximadamente 400 a 500 camiões tácticos, num total de 2 a 3 000 veículos utilitários variados, para os seus abastecimentos, o que representa uma capacidade teórica de carga na ordem 2 250 a 2 700 toneladas.
As necessidades de uma divisão para um dia de combate são de acordo com a seguinte tabela:
Cada militar transporta consigo pelo menos 150 munições para a arma individual, assim como víveres e água para 3 dias.
Embora a indústria nacional produza a maioria das munições convencionais necessárias às forças terrestres, a capacidade para sustentar um empenhamento de grande envergadura colocaria, provavelmente, sérias dificuldades no caso de operações prolongadas.
As forças terrestres GLAISE possuem perto de 60 grandes depósitos de munições, mais ou menos protegidos, podendo armazenar entre 1 a 2 milhões de toneladas de munições.
Cerca de 80% dos depósitos são posicionados ao longo dos grandes eixos rodoviários, o resto na proximidade das vias férreas. As reservas disponíveis podem permitir às forças terrestres de apoiar, no mínimo, um mês de combate de alta intensidade.
Teoricamente a capacidade de armazenamento de hidrocarbonetos militares ultrapassa os 8 milhões de barris (a capacidade teórica de produção das refinarias do país é de 2 milhões de barris por dia). Os stocks disponíveis permitiriam às forças terrestres de dispor de uma reserva de 250 dias. A maior parte dos depósitos situase ao longo das grandes vias de comunicação.
Os depósitos de campanha utilizam contentores flexíveis ou barris de 200 litros. Os batalhões divisionários das unidades blindadas e mecanizadas possuem camiões cisternas de 4 ou de 5 m3. As dotações iniciais das viaturas são desconhecidas. No combate, o combustível é entregue directamente às unidades.
O serviço de intendência é responsável pelo fornecimento dos víveres e do vestuário.
Os víveres são entregues em pacotes colectivos, as cozinhas rolantes dos batalhões encarregam-se pela sua transformação e pela sua distribuição.
A divisão das forças terrestres do exército regular é o único escalão que dispõe dos meios de reparação de nível 2, permitindo assegurar o apoio de manutenção das unidades em tempo de guerra. Em tempo de paz, o apoio corrente das unidades é assegurado por equipas de manutenção que se deslocam por estrada a partir dos depósitos principais. A economia dos meios pesados é a regra em todas as unidades em tempo de paz. A falta de meios de manutenção e de reparação deve-se principalmente a:
- A fraca coordenação de emprego dos meios de reparação;
- A escassez crónica das peças de sobressalentes;
- Um número de oficinas insuficientes.
Batalhão de Manutenção da Divisão Blindada e Mecanizada
Batalhão de Manutenção da Divisão de Infantaria
Companhia de Manutenção do BMan/Divisão Blindada
Companhia de Manutenção do BMan/Divisão Mecanizada e Infantaria
As unidades possuem equipas ligeiras que lhes permitem executar as operações de manutenção com duração prevista inferior a 2h00. Em média, 10% dos equipamentos passíveis de reparação são reintroduzidos nas unidades da frente. Os restantes são evacuados pelos meios da brigada.
A companhia de manutenção da brigada é responsável pela reparação dos materiais que não necessitam de uma intervenção superior a 4h00. O que representa cerca de 10 % dos equipamentos reparáveis os restantes são evacuados por meios da divisão.
O batalhão de manutenção da divisão é responsável pela reparação dos materiais que não necessitam de uma intervenção superior a 8h00. Isto representa aproximadamente 30% dos materiais que chegam à sua zona. Os restantes são evacuados para os centros de reparação nacionais.
O Alto Comando da Logística (ACL) atribui em reforço a cada divisão uma companhia com 25 plataformas para evacuar os 50% de materiais cujo tempo de reparação é superior a 8 horas para os centros de reparação nacionais. Estes materiais podem ser evacuados por estrada ou por caminho-de-ferro.
A divisão atribui a cada uma das suas brigadas (em função da operação a ser conduzida) plataformas para evacuação de viaturas blindadas/mecanizadas destinadas à evacuação da zona brigada para a zona de reparação da divisão.
Os batalhões tratam da evacuação das viaturas danificadas através dos seus próprios meios (carro de combate rebocando outro).
Os equipamentos muito danificados ou que necessitem de ser completamente reconstruídos, são evacuados, logo que recolhidos, para os centros de reparação nacionais por meio de plataformas ou por caminho-de-ferro. As oficinas encontram-se devidamente equipadas, mesmo em termos de meios pesados de elevação (pontes rolantes, camiões-grua). Embora, normalmente, se encontrem localizadas perto dos depósitos de materiais, a falta de peças de substituição e a grande diversidade de materiais, não lhes permite explorar completamente as suas possibilidades (apesar dos esforços de reagrupamento de materiais da mesma origem numa única grande unidade).
O apoio sanitário das forças terrestres do exército regular baseia-se no princípio do reforço das unidades da frente de combate com viaturas sanitárias (VS) da divisão. As divisões dispõem em média de 75 VS (15 grupos de 5 VS), reforçando cada brigada com 3 grupos e mantendo 3 ao sob controlo centralizado.
A brigada reforça cada batalhão de acordo com a disponibilidade do momento.
O tratamento dos feridos, a recolha e a evacuação para o posto de socorros do batalhão ficam à responsabilidade do batalhão que, para o efeito, utiliza todos os meios à sua disposição. A evacuação de todos os feridos para a zona sanitária da divisão é efectuada pelos batalhões. No entanto, as urgências extremas podem receber tratamento de emergência ao nível da brigada quando necessário.
Na zona da divisão é feita a triagem dos feridos e, em função do seu estado, podem ser tratados no local ou evacuados para os hospitais de infra-estrutura. As urgências extremas (UE) são tratadas e as Emergências (E) 1, 2 e 3 são evacuadas para as zonas de evacuação.
Nas zonas de evacuação, as UE são tratadas e as E 1 são evacuados por via aérea enquanto que as E 2 e 3 serão prioritariamente evacuadas por estrada ou por caminho-de-ferro. Os meios militares empregues na evacuação para os hospitais de infra-estrutura não são conhecidos. As ambulâncias e os autocarros civis disponíveis podem ser requisitados em caso de necessidade. Os caminhos-de-ferro e os aviões da companhia nacional também podem ser empregues.
Organização do apoio sanitário